segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

"Um centavo por meus pensamentos!"

Bem Aventurados os que choram, porque serão consolados! (Mt. 5:4).
                                           
Depois de uma visita natalina, meu pai continuou a viagem para passar algum tempo com outros familiares, antes de voltar para sua casa, em Michigan. Uma pista escorregadia, bem depois da meia-noite, apenas quatro dias após o Natal, acabou sendo o último trecho de estrada que aquele homem maravilhoso percorreria na Terra. Vinte anos depois, a lembrança ainda é difícil. Mas Deus veio em meu resgate rapidamente, e de um modo tão personalizado com relação às minhas necessidades particulares, que sinto alguma alegria ao recordar essa porção daqueles dias cheios de pesar.
Todos os dias, caminho um quilômetro e meio até o local de trabalho, e de volta para casa. Enquanto caminhava, eu procurava pensar em qualquer coisa para evitar pensar em meu pai, mas ele aparecia em minha mente, causando profunda tristeza. Eu me vi questionando Deus acerca da condição de meu pai por ocasião de sua morte – estariam as coisas acertadas entre ele e Deus? Então meu querido Pai celeste começou a falar comigo usando a linguagem das moedas. A princípio não fazia sentido, mas, centavo por centavo, comecei a reconhecer a amorosa presença de Deus. Toda vez que me surgiam perguntas sobre o preparo de meu pai para morrer, eu via uma moedinha no chão. Cada uma era, para mim, a confirmação imediata de Deus de que eu não precisava me preocupar.
Nunca me esquecerei de uma ocasião mais recente, quando Deus me mostrou uma moeda diante de meus pensamentos, algo que me levou a ficar, literalmente, de queixo caído. Ajoelhada junto à cama no escuro, eu pensava num rapaz que eu conhecera e que havia sido vítima de homicídio. Eu me vi questionando a sua condição diante de Deus no momento da morte, e fiquei extremamente aflita.
Lembrando-me do meu pai, comecei a orar para que o rapaz, que estava voltando para Deus, estivesse repousando seguro em Jesus, e anelava uma moeda de Deus para confirmar isso. Mas não podia haver moedas no chão onde eu estava ajoelhada – podia? Enquanto procurava sobre o carpete, fui rudemente interrompida por um pensamento totalmente desconectado de minha preocupação imediata. Minha vizinha surgiu em minha mente. Por que estou pensando nela? Tentei voltar aos tristes pensamentos, mas Eliane estava de novo em minha cabeça, desta vez com seu cachorrinho gordo. Suspirei, incomodada, mas então, de imediato, louvei ao Senhor por Seu milagre. Ele havia realmente arranjado uma moeda para mim. O cachorrinho gordo? Seu nome era Penny [centavo]!
(Christine B. Nelson).

sábado, 27 de dezembro de 2014

"Transação Consumada!"


E disse a Jesus: Senhor, lembra-Te de mim, quando entrares no Teu reino. Lucas 23:42, ARC

Os leilões norte-americanos são, no mínimo, um espetáculo. Digo isso porque nunca vi um no Brasil. Estive, contudo, em um deles em Michigan, a convite de um amigo, vendedor de carros usados. A cantilena na voz do leiloeiro é algo de impressionar. Além de estar atento às mudanças do preço, você precisa ficar absolutamente imóvel, fui advertido. Um leve sinal com a mão, coçar a cabeça, uma sutil contração da face, imperceptíveis a olhos ignorantes, ao olhar aguçado do leiloeiro podem significar uma oferta ou a aceitação da proposta, que o levará a proclamar a aquisição: "Vendido." Seria Deus assim?
As Escrituras apresentam quadros de pessoas alcançadas pela graça em condições absolutamente estarrecedoras. Observe o homem na cruz da direita. Quase nada sabemos sobre "Dimas", o "bom ladrão", assim chamado pela tradição. Seu mundo está se desfazendo, e ele afundando na penumbra de um horizonte sombrio. A última linha está sendo tragicamente escrita. Os ponteiros do relógio avançam para o instante final. Então acontece! É apenas um relance da visão periférica. Singularmente ele percebe Jesus, companheiro da mesma cena. Suas palavras são quase um sopro, uma respiração ofegante: "Jesus, lembra-Te de mim." E só uma frase de aceitação no universo de todas as outras escolhas erróneas. Mas nela se concentra a atenção dAquele cujo maior negócio é encontrar sinais de interesse, mesmo os mais tímidos. Nada Lhe passa despercebido. Nesse instante, o Calvário se converte num tanque batismal. "Oferta aceita", brada o "divino Leiloeiro". Apenas um olhar transversal. Apenas uma curta frase. Curtíssima no aramaico. Quase inaudível. Mas suficiente para a proclamação de que a "transação está consumada".
Você se ofende com a graça ou exulta e bate palmas eufóricas para ela? A graça de Deus é absurda para nós, acostumados com a noção de "justiça" vinda da jurisprudência humana. A graça de Deus é surpreendente. Quase podemos ver Jesus, ainda hoje, inclinado sobre enfermos, nos instantes finais, atento ao mínimo sinal de aceitação. Apenas um dedo levantado na direção do Céu, um olhar para Ele. Podemos quase ouvir Sua proclamação, como diz meu amigo Dwight Nelson: "Vendido para Meu filho, nessa cama de hospital." (Amin Rodor).

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

"Opção pelos mais necessitados!"


O que oprime ao pobre insulta Aquele que o criou, mas a este honra o que se compadece do necessitado. (Provérbios 14:31).

Escrevi minha tese doutoral sobre a Teologia da Libertação e sua relação com os pobres. Esse foi um movimento teológico forte da década de 1960 à década de 1980. O caráter político dos discursos dos teólogos da libertação chegava a advogar a luta de classes como única forma de mudança social. Para eles, a teologia deve assumir uma “opção preferencial pelos pobres”, contrariando a teologia tradicional que sempre tomou o partido da classe dominante. Apesar das inconsistências da Teologia da Libertação, concluí que havia nela verdades inegáveis.
Seria engano pensar que os pobres estão do lado de Deus simplesmente por serem pobres. Mas, sem dúvida, o Deus das Escrituras Sagradas está do lado dos necessitados e nos convoca ao serviço em favor deles. Jesus, segundo Seu sermão apresentado em Lucas 4:16-30, veio como libertador dos pobres e opressos. Tradicionalmente, essa referência tem sido “espiritualizada”. Jesus Cristo, porém, legou a Seus seguidores um inegável exemplo de solidariedade aos necessitados. Os pobres realmente estão na tela de Seu radar como prioridade de atenção e serviço.
Viv Grigg, da Nova Zelândia, sentiu-se compelido pela solidariedade de Jesus em relação aos necessitados. Foi identificar-se com os pobres nas favelas de Manila, nas Filipinas. Uma noite, sob o teto precário onde morava, Viv copiou, à mão, em pequenos cartões, cada verso da Bíblia que trata do interesse de Deus pelos pobres. Identificou 245 referências, que passaram a acompanhá-lo como incentivo à meditação. Escreveu depois o livro Companion to the Poor (Na Companhia dos Pobres), com uma provocadora observação: “Onde Jesus é encontrado e conhecido hoje? Para encontrá-Lo devemos ir onde Ele está. […] Tal busca invariavelmente nos levará ao coração da pobreza, pois Jesus sempre vai ao ponto da mais profunda necessidade. Onde está o sofrimento, Ele estará cuidando das feridas. Sua compaixão eternamente O conduz às necessidades humanas.”
Lembrei-me então de um texto de Ellen White que diz algo assim: “Para andar nos passos de Jesus, não precisamos ir à Palestina. Nós O encontramos junto ao leito dos enfermos e nas favelas onde está o sofrimento humano. Aí encontramos Suas pegadas, e O seguimos” (ver “Este Dia Com Deus”- Meditação Matinal 1980, p. 66).  Amin Rodor.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

"Atração Fatal!"


É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus. Lucas 18:25

Na sociedade capitalista, o dinheiro é visto apenas como um meio de troca. Jesus, contudo, usou o termo aramaico Mamon para descrevê-lo. Dessa forma, Ele o personificou, tratando o dinheiro como uma divindade. Para o Senhor, Mamon de fato é um deus contrafeito, em oposição ao Deus verdadeiro. O que Jesus revela é que o dinheiro é um poder tão forte que a maioria chega a considerá-lo capaz de fazer aquilo que apenas Deus pode fazer. O dinheiro exerce uma força espiritual, e sua relação com as pessoas é descrita em termos de “senhor e servo”. Para multidões, o dinheiro é o único relacionamento sério. Tudo o mais – amor, justiça, sabedoria e vida – não passa de palavras, conceitos, abstrações.
Pelo dinheiro, as pessoas chegam a se matar trabalhando, alienando-se daqueles a quem amam e por quem são amadas. A sociedade cuidadosamente treina as pessoas, persuadindo-as a trabalhar muito para comprar coisas para seus queridos. É como se dissessem: “As coisas expressam nosso amor melhor do que nossa mera presença.”
Que o dinheiro é um poder espiritual, não há dúvida. Muitos creem que, se o possuírem, todos os problemas estarão resolvidos. Nenhum outro conceito está mais arraigado no psiquismo humano. Se você desejar lutar contra a obesidade, dependência do álcool, tabagismo, drogas ou sexo disfuncional, encontrará ajuda para vencer essas dependências. Mas não existe nenhuma ajuda contra a ganância. O dinheiro é promovido de todas as formas, como se o valor pessoal dependesse dele. As pessoas se sentem orgulhosas de sua busca por mais dinheiro. Pais instigam seus filhos desde cedo a lutarem por ele, e a ganância é vista como virtude, estimulada e aplaudida.
Jesus conclui Seu diálogo com o jovem rico (Lc 18:16-30), que se afasta triste, com o texto de hoje sobre o camelo passar no fundo da agulha. Na Idade Média, muitas interpretações tentaram diluir a força dessa afirmação. Jesus, contudo, literalmente utiliza o maior animal e o menor orifício conhecidos na Palestina para ilustrar a realidade do obstáculo. Esse é o tamanho da dificuldade. Por quê? O dinheiro tende a tornar Deus desnecessário. Impossível que o rico entre no reino? Não! No capítulo seguinte, em Lucas 19, lemos a respeito de Zaqueu, o rico convertido de sua idolatria e contrafação. Como Zaqueu, faça de Cristo o Senhor de sua vida.    (Amin Rodor).

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

"O Dom de preencher lacunas!"



Procurei entre eles um homem que erguesse o muro e se pusesse na brecha diante de Mim. (Ezequiel 22:30).

Eu havia começado a trabalhar como terapeuta familiar voluntária para Charis, um centro de aconselhamento cristão numa cidade minúscula, com dificuldades econômicas em Fife, Escócia.

O grupo de oração havia me convidado para uma noite na qual orariam por mim e pediriam a Deus que abençoasse meu ministério. No dia da reunião de oração, estive ocupada, e já estávamos atrasados. Eu me sentia cansada, estressada e frustrada. Enquanto nos dirigíamos para lá, eu reclamava porque achava que tudo o que sempre fiz foi preencher lacunas. Geralmente, eu me sentia feliz fazendo isso. Mas, de algum modo, minha identidade sentia-se perdida no rótulo “preenchedora de lacunas”, como se eu fosse algum tipo de produto de manutenção doméstica.

O grupo de oração estivera orando especificamente por mim antes da reunião. “Sei que isso parece um pouco engraçado”, disse uma das mulheres, “mas acho que Deus está chamando você para preencher espaços.” Isso é interessante... Ela continuou: “Talvez porque, sem alguém para tapar as brechas, as coisas desmoronam.” Olhei para as velhas paredes do prédio, nas quais pedras escocesas irregulares haviam sido cuidadosamente empilhadas. Não havia possibilidade de serem encaixadas meticulosamente para deixar de fora os ventos e o clima rigoroso, de modo que os pedreiros haviam inserido argamassa com todo o cuidado entre as pedras para deixar a construção sólida, forte e aquecida. Olhei para uma pequena cruz de madeira sobre a mesa. Sim, Jesus também havia sido um impressionante preenchedor de lacunas: Ele preencheu o espaço entre a Terra e o Céu, a morte e a vida.

As atividades relacionadas com o preenchimento de brechas, em sua maioria, não são de natureza corajosa, dramática ou heroica. Um lanche para uma família enlutada. Uma toalha de mesa recém-lavada. Uma sacolinha de escovas de dente para um projeto local voltado a pessoas sem-teto. A leitura de um texto das Escrituras. Um prato para o junta-panelas. Quem sabe algumas palavras de amizade e estímulo. Uma singela oração. Mas, embora o preenchimento de brechas seja invisível, também é essencial, e precisa de pessoas que sejam suficientemente flexíveis para preencher as lacunas de diferentes formatos – assim como a argamassa numa parede de pedras.
Eu me pergunto se existe o dom espiritual do preenchimento de lacunas, designado para aquelas, entre nós, que fazem esse tipo de trabalho. É possível que Jesus dissesse: “Bem-aventurados os preenchedores de lacunas, pois eles impedem que as coisas desmoronem.” Que brecha está Deus chamando você a preencher hoje?

Karen Holford

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

"As flores da orquídea!"

Portanto, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nEle, enraizados e edificados nEle, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gratidão. Colossenses 2:6, 7

Eu tirava o pó do parapeito da janela em nosso recanto do desjejum, numa manhã de novembro, quando o vi pela primeira vez. Era o maior entre dez pequenos botões na base da haste frágil, semelhante a um caniço, que havia brotado da orquídea dendróbio que minha amiga me havia dado no ano anterior. Lembrei-me de que ela a havia transplantado para um vaso novo em fevereiro. E, pela reação da pequena planta, aquele lugar era perfeito – uma área bastante seca, com iluminação indireta e circulação adequada de ar. Era o quadro de uma promessa. Eu me perguntei por que não havíamos visto os botões antes. Afinal, nossa janela, que tem vista para o campo de golfe, era algo através do qual olhávamos todos os dias.
Uma semana depois, ficamos ainda mais encantados, quando pétalas de um branco puro se transformavam numa flor perfeita. No dia seguinte, as pétalas receberam seu acabamento intensamente roxo, típico desse tipo de orquídea. O desjejum se tornou uma ocasião emocionante, enquanto investigávamos se havia algum desdobramento novo. Às vezes, outro botão se abria; às vezes, a cor das flores mudava. Por fim, fizemos o jogo das bênçãos com nossa expectativa, e acrescentávamos bênçãos novas à medida que cada botão desabrochava. Certa manhã, comentei: “Fico feliz porque a orquídea floriu de novo, mas fico ainda mais feliz porque Jesus virá outra vez.”
Outra manhã, minha filha louvou a Deus pela beleza da interação entre luz e escuridão – as cores branca e roxa da orquídea – ao jornadearmos pela vida, sabendo que Deus está no comando de Seu povo.
Ao pensar na bela orquídea, percebi que, para mim, havia várias lições espirituais naquela experiência. Há por todo lado bênçãos que não tomamos tempo para notar, pelas quais devemos dar graças a Deus. Devemos viver a vida à procura das bênçãos que Ele coloca em nosso caminho. Quando Deus está no controle, tudo representa uma promessa.
A orquídea transplantada também me faz lembrar de que todo lugar para onde Deus nos envia é o lugar perfeito. O que fazemos com cada momento é significativo. Nossa vida pode ser um sermão que o mundo ouvirá, mesmo que raramente digamos uma palavra. Assim como a encantadora cor da orquídea encheu a sala de beleza, a gratidão para com nosso generoso Criador permeará nossa vida.
Carol J. Greene

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

"O cimento de sua vida!"


Livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta. Hebreus 12:1

A entrada da garagem e a calçada em frente da nossa casa necessitavam de reforma. Para remover o cimento velho, usamos um trator, caçamba e correntes. Contudo, para enrolar a corrente em torno das peças, os homens tiveram que usar uma miniescavadeira e pés-de-cabra para soltá-las, a fim de terem espaço para rolar a corrente em torno das várias porções do cimento. Remover e descartar o cimento velho consumiu tempo e exigiu um bocado de energia muscular.
Uma vez removidas as pesadas peças de cimento, os carpinteiros puderam começar a preparar as formas nas quais despejar o novo concreto. Eles nivelaram o cascalho e depois usaram uma máquina para compactá-lo. Somente depois puderam dispor os vergalhões para receber o novo concreto. A nova estrutura de cimento conservará seu formato e será mais forte porque tem os vergalhões. Agora estavam prontos para despejar o cimento. Os caminhões trouxeram a mistura e a despejaram nas formas. Com cuidado, os homens nivelaram a mistura. Depois de suficientemente seca, passaram a desempenadeira para deixá-la lisinha. O produto final foi uma entrada de garagem e uma calçada com acabamento perfeito.
Na vida, carregamos muito peso que pode ser comparado com o cimento velho. Muitas vezes, os antigos hábitos e maneiras de fazer as coisas são difíceis de remover, mas precisamos fazê-lo para que não nos incomodem mais. Nós, seres humanos, carregamos velhos rancores, acariciamos crenças que são frequentemente errôneas, e desenvolvemos hábitos irritantes e repulsivos. Removê-los do nosso caráter e vida é difícil, às vezes. Seria maravilhoso se pudéssemos usar pés-de-cabra e escavadeira para soltá-los. Fazer com que um trator as leve embora tornaria o processo muito mais fácil.
Então aparece uma palavra que preferimos não ouvir: mas. Mas – não temos o luxo de usar equipamento pesado e alavancas de metal para soltar os “trastes” que desejamos tirar da nossa vida. Em lugar disso, podemos recorrer a um auxílio muito melhor para limpar o coração e a mente.
Temos o privilégio de depender de nosso Senhor e Salvador para dirigir nossos pensamentos, ficar ao nosso lado quando estamos sinceramente tentando mudar, e conceder-nos o sucesso. Ele é mais eficiente que quaisquer ferramentas, tratores ou energia muscular. Seus métodos são os melhores. Que aprendamos a nos apoiar nEle mais plenamente e deixar de lado os pesos negativos que carregamos.
Evelyn Glass

domingo, 12 de outubro de 2014

"A Terra de puro encanto!"


Ele me levou no Espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém [...]. Ela resplandecia com a glória de Deus, e o seu brilho era como o de uma joia muito preciosa. Apocalipse 21:10, 11.

Raramente me sento junto à janela do avião, preferindo um assento próximo ao corredor, no qual possa me movimentar mais livremente. Entretanto, numa recente viagem, tive a fila inteira dos três assentos só para mim! Depois da decolagem, coloquei os pés para cima e me estiquei para apreciar o voo. Apoiada contra a janela, olhei a cena que era definitivamente de tirar o fôlego. As nuvens cobriam o céu, tanto quanto eu podia ver – ondas de pequenos tufos brancos, dispostas em camadas tão parelhas que não se podia ver através delas. Acima dessa camada de pura beleza, o sol resplandecia. Maravilhei-me com essa vista, o resultado da mente criativa de Deus e Seu design inteligente. Pensar que Ele planejou o funcionamento do Universo para criar um caleidoscópio de tal magnitude me levou a refletir sobre Suas muitas e inesperadas dádivas.
Enquanto ainda apreciava a vista, a voz do comandante me chamou a atenção. Preparávamo-nos para o pouso. O avião começou gradualmente a descida, penetrando nas nuvens. Perguntei o que nos aguardava, enquanto abríamos caminho em meio à camada branca. Mas, para minha surpresa, as nuvens não pareciam tão densas como eu esperava, nem tão espessas. Por breves momentos, o comandante nos guiou por céus menos amistosos, já que tudo ficou branco ao redor, sem indícios do que poderia estar por perto. Não tínhamos escolha a não ser confiar nos instrumentos e em sua habilidade de pilotar. Mas perdemos o sol! Agora o céu estava carrregado, com indicações de um clima tempestuoso. As nuvens que eram magníficas à luz do sol, acima, agora eram cinzas e ameaçadoras, ao bloquearem o sol. Não pude deixar de refletir: “Eu preferia estar acima das nuvens, onde tudo é brilhante e glorioso.”
Em breve, você e eu seremos reunidas nas nuvens. Do outro lado, nosso Pai estará sentado em Seu grande trono branco, na Cidade Santa, a terra de puro encanto, pronto a receber Seus filhos fiéis. Mas, nesse meio-tempo, precisamos navegar pelas desconhecidas e escuras nuvens da vida. É o tempo de confiar completamente em Jesus e em Sua capacidade de conduzir-nos com segurança. Ao nos apoiarmos nEle, os trechos acidentados ao longo do caminho parecerão menos assustadores. Naqueles momentos em que a vida não me trata tão bem, faço questão de me lembrar: “Continue firme! Agora não vai demorar.”
Bernadine Delafield

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

"Isto também passará!"

Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã. Salmo 30:5, ARA.

Três anos atrás, sofri uma horrorosa queda no trabalho. Ela exigiu cirurgia, depois dois meses e meio sem poder pôr peso na perna direita. A dor era lancinante – mais do que eu imaginava que poderia suportar. E a fisioterapia, o atendimento domiciliar e a assistência necessária eram estranhos para mim. Lidar com essa inversão de papéis era realmente um desafio.
O que me havia trazido a esse ponto? Muitas pessoas deram palpite sobre o motivo de Deus ter-me permitido sofrer uma queda tão brutal. Senti-me como Jó sobre as cinzas, enquanto elas expunham seus fundamentos lógicos. Eram bem-intencionadas. Todavia, não tinham ideia das razões de Deus para permitir a tragédia. Como Jó, eu teria uma audiência com Deus quando chegasse a hora certa.
Enquanto permanecia deitada, no hospital, ter que tocar uma campainha para solicitar ajuda, ser incapaz de chegar ao banheiro em tempo, e precisar de alguém para me fazer a higiene e me vestir era mais do que eu poderia ter imaginado. Eu? Sim, Shirley, você! A ideia me trouxe lágrimas aos olhos. Lembro-me de uma noite, durante a qual me senti especialmente deprimida e impotente. A enfermeira percebeu isso e perguntou o que estava errado. Quando me lamentei sobre quão impotente me sentia, ela, solícita, respondeu: “Isso também passará.”
Naquele momento, lembrei-me de que meu filho havia trazido o toca-CD/DVD para o hospital, com meu CD favorito de música. Nele havia exatamente este cântico: “Isto Também Passará.” Fiz tocar essa música vez após vez. O cântico, que eu sempre pulava para chegar ao meu hino favorito, agora era muito precioso para mim. Eu precisava ser lembrada de que o lugar em que me encontrava era temporário. Chegaria o momento em que eu caminharia de novo.
A vida cristã não está livre de dor e sofrimento. Os planos mais bem elaborados podem acabar mal: a inesperada morte de um ente querido, filhos perdendo o rumo, e a lista prossegue. Mas, em meio às situações e circunstâncias da vida, Deus nos dá a certeza de que está conosco. Ele nunca nos deixará nem nos abandonará. Ele é minha torre forte, socorro bem presente na tribulação.
A vida tem suas provações, mas o cristão tem o Espírito do Deus vivo, que o fortalece para enfrentar as dificuldades. Ansiamos pelo dia em que essas provas terão terminado; mas, até lá, seguraremos firmemente a mão de Jesus. Somos filhas do Rei dos reis.
Shirley P. Scott

"Crendo no inacreditável!"

Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que Se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar. Isaías 55:6, 7, ARA.

Por intermédio de Sua Palavra inspirada, Suas bênçãos diárias, Seu mundo criado, Sua comunhão pessoal e várias experiências da vida, nosso generoso Deus revela tudo o que precisamos saber a respeito dEle. Algumas coisas, porém, permanecem além da nossa compreensão. Que Seus pensamentos e caminhos sejam mais elevados que os nossos é um desses conceitos insondáveis.
A despeito das abundantes evidências do generoso amor de Deus por nós, o inimigo do ser humano frequentemente desanima a muitas de nós, impressionando-nos constantemente com os erros do passado. Deus perdoou esses pecados há muito tempo. Mas Satanás se deleita em convencer-nos com um avassalador senso de culpa e desgraça – algo que Deus nunca pretendeu que carregássemos.
Satanás nos faz concentrar os olhos em nós mesmas, e não no Salvador. Mas o manto da justiça de Jesus nos cobre, e, toda vez que o inimigo nos distrai, desanima ou de algum outro modo nos engana nessa questão, devemos recordar que os pensamentos de Deus, Seus caminhos e Seu amor incondicional e assombroso estão a nosso favor. Nosso Pai vê a perfeição de Cristo sobreposta ao nosso “eu” recriado.
Além da possibilidade de clamar a Jesus imediatamente, recebemos outra defesa maravilhosa contra as ondas de dúvida que nos podem levar a cair presa dos jogos mentais de Satanás. A Bíblia nos diz que Cristo ama profundamente todos os que por longo tempo foram prisioneiros de Satanás, pois Deus trabalha de modo incansável para convencer-nos de Seu amor personalizado. Quando vamos a Cristo com genuína convicção e arrependimento, nossos pecados mais horrendos são apagados. Não nos deixemos persuadir de que o grande, amoroso sacrifício de Cristo foi para os outros, e não para nós, ou de que tenhamos cometido o pecado imperdoável.
Os caminhos e o amor de Deus são, na verdade, muito mais altos do que os nossos, e podemos não captá-los jamais. Com a confiança total de uma criança, precisamos simplesmente acreditar quando Ele diz que nos perdoou e nos renovou por meio de Cristo. Ele deu a Si mesmo por nós, uma poderosa evidência de Seu amor incomparável e Sua graça abrangente.
Heidi Vogt

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

"Lições no consultório odontológico!"

setembro

Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. 1 João 1:9.

Encontrava-me no consultório do dentista. Fazia algum tempo que eu não ia lá, e estava pagando por isso. Enquanto procurava me lembrar de algo em que pensar para me distrair da dor, percebi os paralelos entre minha experiência no consultório e o pecado em minha vida.
Sei que a analogia vai só até certo ponto, mas pense nisto: a placa é como o pecado. Vai crescendo. Se você não fizer algo a respeito, só piora. Antes de ir ao dentista, achei que os dentes estavam limpos. Afinal, naquela mesma manhã, eu havia escovado os dentes e passado neles o fio dental. Mas os dentes não estavam limpos. Não de verdade. Não comparados com a limpeza que poderiam apresentar. Fazia um bom tempo que eu não ia ao dentista, e eu me esquecera de como é, na realidade, a aparência de dentes limpos.
Achei que soubesse, mas precisava de um lembrete. A mesma coisa com o pecado. Posso chegar a ser até condescendente, achando que sou uma boa pessoa. Afinal, não matei ninguém, nem roubei ou menti. Mas os “pequenos” pecados podem se intrometer em minha vida sem que eu os perceba. Pecados como orgulho, ressentimento ou raiva. Se não os cortar pela raiz, chego a pensar que são normais. Não vejo a feiura e a dor que causam.
Para continuar a analogia, posso fielmente escovar os dentes e passar o fio dental duas vezes por dia, mas ainda preciso fazer a limpeza no consultório. Ou, dizendo de outro modo, posso ler a Bíblia para aprender como ser o tipo de cristã que Deus quer que eu seja, e posso orar todos os dias para que Ele me ajude, mas quando o pecado está lá, preciso ir em busca da limpeza. Preciso confessar meu pecado e pedir que Deus me perdoe, que remova o pecado da minha vida. Pode não ser agradável. Pode até ser doloroso, mas, assim como a ida ao dentista, deve ser feito. Adiar só piora a situação. Quanto mais placa houver para ser removida, tanto mais tempo demora, e mais doloroso é o processo. Quanto maior o tempo durante o qual você permite que o pecado cresça em sua vida, tanto mais difícil será erradicá-lo, e mais doloroso será o processo.
Um último paralelo é este: como já disse, eu não havia ido ao dentista por um bom tempo, e me sentia um tanto embaraçada por isso. Mas as pessoas lá não me culparam por eu ter ficado ausente, nem se recusaram a me atender por causa disso. Não se envergonhe de ir a Deus com seu pecado e de pedir perdão. Ele não a culpará nem Se recusará a ajudá-la. Ficará contente porque você O procurou.
Julie Bocock-Bliss

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

"Orgulho, espinho na carne!"

Mas, para que não ficasse orgulhoso demais por causa das coisas maravilhosas que vi, eu recebi uma doença dolorosa, que é como um espinho no meu corpo. 2 Coríntios 12:7, NTLH

Dizem que a confissão faz bem à alma; portanto, permitam-me confessar. Uma das coisas com as quais tenho lutado desde a adolescência é o orgulho. Sou uma daquelas pessoas com múltiplos talentos. Deus me abençoou com muitos dons. Levei anos para aprender que não preciso usar todos os dons ao mesmo tempo, mas usar apenas aqueles de que preciso num momento específico. Mas meu orgulho sempre levava a melhor. Eu ficava feliz ao exibir meus talentos, mesmo que isso significasse deixar alguém em má situação.
A verdade é, eu achava que isso era uma boa experiência de aprendizado para a pessoa, e por isso eu a corrigia e lhe mostrava a maneira certa de fazer as coisas. Quanta arrogância! Imagino como Deus deve ter olhado para mim e simplesmente balançado a cabeça, sabendo que um dia eu chegaria a aprender. Bem, um dia aprendi.
Começou com uma série de problemas de saúde que me atravessaram o caminho. Cada um me incapacitava por um período de tempo, e mesmo após o restabelecimento eu não era capaz de funcionar como no passado. Dependia cada vez mais do auxílio de Deus para fazer o que antes parecia tão fácil. Lutei com a raiva, a autopiedade e a impaciência. E naturalmente eu disse a Deus que Ele era injusto ao me dar tantos dons e depois permitir que eu ficasse numa posição na qual precisava me esforçar para usá-los.
Então, um dia, ao ler a Bíblia, encontrei o texto de hoje, escrito por Paulo. Era como UM TOQUE de despertar, um momento “ahá”. Entendi o que Paulo estava dizendo. Veja que, dependendo de Deus para me dar forças e a alegria das quais preciso toda vez que me levanto para falar, toda viagem que faço e cada dia no escritório, percebo que não sou eu – é Jesus! Todos os dons de que tanto me orgulho não são meus, afinal. Pertencem a Deus, em primeiro lugar. E agora me considero menos orgulhosa e mais inclinada a dar a Deus toda a glória e o louvor por tudo o que faço. Assim, posso verdadeiramente dizer que não é por minha força, nem por meu poder, mas pelo Espírito de Deus que faço o que tenho feito para Ele (ver Zacarias 4:6). E aguardo o dia em que Jesus vier, dia no qual meu espinho será removido.
Cada uma de nós tem dons, e cada uma tem desafios. O teste é se procuramos fazer tudo por conta própria para receber o crédito ou não. Na verdade, é o Espírito Santo que nos capacita a fazer tudo o que realizamos.
Heather-Dawn Small

sábado, 13 de setembro de 2014

"ELE sabe como você se sente!"

E o Verbo Se fez carne e habitou entre nós. João 1:14, ARA

Ethel, minha vizinha do andar debaixo, e eu ouvimos os caminhões dos bombeiros passarem zunindo por nossa rua naquela manhã, e nos apressamos para ver qual casa se havia incendiado. Ao seguirmos o caminhão dobrando a esquina, vimos uma multidão reunida em frente da casa em chamas. Podia-se ouvir o estalo da madeira e ver os rolos de fumaça saindo por todas as janelas. Era terrível assistir a uma destruição como aquela. Ouvi uma mulher perto de nós dizer, em voz alta: “Imagine só, todos os seus pertences e as lembranças de uma vida inteira virando fumaça.” Como mulheres, podíamos facilmente nos emocionar com essa situação.
Ethel e eu estávamos paradas perto de uma mulher que chorava. Sabíamos que era a dona da casa, porque ficava repetindo: “Senhor, não posso acreditar que isso esteja contecendo comigo de novo.” Ela nos contou que era a segunda vez que uma casa sua era destruída pelo fogo.
Ethel pôs os braços ao redor dos ombros dela e disse: – Eu sei como você se sente.
A mulher enxugou as lágrimas, olhou para Ethel e perguntou: – Sua casa já se incendiou alguma vez?
Uma Ethel obviamente censurada respondeu em voz baixa: – Não.
Outras pessoas não podem conhecer o profundo senso de perda, o trauma emocional, a frustração completa e a impotência que alguém experimenta em face de uma tragédia assim, a menos que lhe tenha acontecido o mesmo. Então, e somente então, pode verdadeiramente dizer: “Eu sei como você se sente.”
Esse incidente trágico me trouxe vividamente à memória a encarnação de Cristo, descrita em Hebreus 4:15: “Pois não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas.” Ao vir à Terra como bebê, Cristo aprendeu, em primeira mão, como era viver como ser humano. Ele foi exposto ao bem, ao mal e às repulsivas experiências da humanidade.
Ethel foi bem-intencionada ao dizer à proprietária da casa que sabia como se sentia, mas isso não ajudou em nada a atenuar sua aflição. Se Ethel lhe dissesse que havia perdido uma casa num incêndio, então a mulher poderia ter sentido algum conforto com essas palavras.
É exatamente por isso que, como mulheres cristãs, podemos receber conforto nas adversidades, provas e tribulações, pois Cristo assumiu a humanidade. Ele passou por fadiga, fome, sede, agressão, rejeição, traição, luto, bem como amor, aceitação e alegria no serviço para Seu Pai.
Portanto, Ele sabe muito bem como nos sentimos.
Dorothy D. Saunders


terça-feira, 9 de setembro de 2014

"Falando com Deus!"


Em paz me deito e logo adormeço, pois só Tu, Senhor, me fazes viver em segurança. Salmo 4:8

Fazia cerca de duas semanas apenas que meu esposo David falecera, e eu estava tendo uma das minhas conversas com Deus. Não havíamos feito o joguinho do “Por que comigo?” David era maravilhoso, e teve fé em que Deus o curaria ou então permitiria que dormisse até Jesus voltar para buscar-nos. Não foi fácil viver aqueles 12 a 14 meses que o cirurgião havia dado de vida a meu esposo. Num momento, uma contração no braço direito; no minuto seguinte, a sentença de morte. “Tumor maligno no cérebro”, disseram. Nas primeiras semanas, corremos atrás de idas ao hospital, radioterapia e uma cirurgia.

Muitas coisas aconteceram durante aqueles meses, e nossa casa foi inundada por enfermeiras, médicos, pessoas adaptando nossa casa para as necessidades de David e, mais importante, para nós, nosso “pequeno grupo” da igreja. Todas as quintas-feiras pela manhã, estudávamos a vida de Jesus, e todas as semanas nossa fé crescia no conhecimento de que Deus nos ama e salva. As amizades cresceram ao redor daquela mesa, e foram esses amigos que cuidaram de nós e nos carregaram pelos dias mais tenebrosos.
David comemorou o septuagésimo aniversário e, naquela noite, depois que todos os visitantes haviam saído, ele adormeceu. A igreja estava repleta para a cerimônia que relembrava a vida dele. Alguns meses antes, ele até havia escrito um cântico, e o coral o cantou durante a cerimônia. Nós o levamos ao descanso numa tarde ensolarada, e agora, sobre a lápide, estão as palavas do texto de hoje, uma oração da qual me lembro diariamente.
Os dias após a morte de David foram incrivelmente tristes e muito silenciosos em comparação com os meses anteriores. Eu havia gritado para Deus, bradado para Ele, e finalmente Lhe perguntei: – Por quê? Quando todos havíamos pedido apenas um milagre, Ele não nos ouvira? A resposta que recebi foi impressionante: – Eu lhe dei dois milagres. – Teria eu deixado de notá-los? Eu não tinha visto nada.
– Que dois milagres? – perguntei, em meio às lágrimas.
– Nenhum de vocês sentiu dor. Eu a tirei de vocês.
Sabe, eu sofro de artrite reumatóide e não havia tido uma única crise durante a enfermidade de David, e o havia levantado de cadeiras, camas e cadeira de rodas. Quatro dias depois do sepultamento, acordei sentindo que não podia mover minhas mãos.
Quando as pessoas me perguntam sobre Deus e Sua existência, digo: “Ele existe. Tenho provas.”
Wendy Bradley


"Livramento!'



Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor. Efésios 6:4

Notei que ele estava sempre sozinho. Não disse uma palavra, nem uma sequer, durante um longo período de tempo. Quem é essa criança?, eu me perguntava. Que estaria fazendo naquela prisão, entre todos aqueles homens mais velhos? Havia uma instituição para adolescentes. Por que ele nunca assistia às sessões de aconselhamento? Eu não tirava os olhos dele.
Um dia, um dos homens mais velhos lhe falou e então, tomando-o pela mão, levou-o a um dos grupos de aconselhamento. O menino foi com ele mansamente, e sentou-se. Não muito depois, pediu uma Bíblia. Eu lhe dei uma, e ele a apertou contra o coração. Mais tarde, muitos dos outros homens me contaram que ele a levava consigo por toda parte. Quando saíam, enquanto os outros jogavam bola, ele procurava um lugar quieto e lia a Bíblia. Passou muito meses atrás das grades.
Por fim, o caso chegou perante o juiz. Naturalmente, ele devia estar com medo. Cedo, de manhã, quando o oficial foi buscá-lo, encontrou-o ajoelhado, agarrado à Bíblia e orando. O juiz olhou para ele com compaixão, enquanto ele se assentava na sala do tribunal ao lado de seu advogado. Ali estava uma criança de 14 anos. O conselheiro pediu que ele tirassse sua camisa e mostrasse as costas aos jurados. O rosto do juiz empalideceu, pois as costas do rapazinho estavam tão marcadas com cicatrizes, que não ficava visível sua pele original. Quando o juiz se recompôs, disse, com lágrimas na voz: “Vista de novo sua camisa e vá para casa.” Contaram-me que não se via um par de olhos secos naquele tribunal.
A história era que o pai do menino era um alcoólatra que voltava para casa embriagado todos os sábados à noite e batia nele e na mãe dele sem misericórdia. Uma noite, quando o pai estava a ponto de matá-la de modo brutal, o menino pegou uma faca de cozinha e esfaqueou o pai até a morte. A mãe acabara no hospital, e ele, na cadeia.
Sozinho e assustado, ele se viu preso. Não falara com ninguém, até o dia em que pediu a Bíblia, que ele lia constantemente. Ele e sua mãe se reuniram, e ele a incentivou a ir junto para a igreja. Agora, ambos são fiéis ao Senhor que lhes concedeu livramento.
Dê graças ao Senhor, pois Ele é bom e Sua misericórdia dura para sempre.
Daisy Simpson

domingo, 31 de agosto de 2014

"Abra a Porta!"

Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo ... (Apocalipse 3:20). 

Talvez neste momento você está sozinho, rejeitado pela sociedade, em luta com situações difíceis, ansioso quanto ao futuro, desesperado com tudo e com todos. Você, talvez, se encontra sem rumo, sem resposta para suas indagações, e está buscando a paz verdadeira, então ouça a voz do Senhor Jesus lhe dizendo: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele comigo”.
Jesus quer encher seu coração de paz, de Sua presença. Quer dar sentido a sua vida, orientá-lo, sustentá-lo. Ele não quer ser apenas um hóspede, Ele quer fazer parte do seu dia-dia, hoje e sempre. Portanto, deixe-O entrar pois Ele conhece você… (Blog do Amilton Menezes).

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

"O perfume das Tuas vestes!"


Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus. 1 João 3:1

Ah, como fiquei emocionada diante da revelação que me deste enquanto eu lia, hoje de manhã! Deste-me o conforto do Teu amor, em busca do qual eu andava desesperada. Respondeste à minha prece, na qual eu pedia uma compreensão profunda da extensão do Teu amor por mim; eu queria conhecer por experiência quão abrangente ele é, e ser preenchida e inundada pelo próprio Deus, como prometeste em Efésios 3:19. Deste-me a experiência de ir à Tua presença, e abriste amplamente os braços, e me permitiste abraçar-Te pela cintura, como se eu fosse uma criança. Deixaste que eu cheirasse Tua roupa, o perfume das Tuas vestes. Então me cobriste com o calor do Teu manto, assim como Boaz fez por Rute. Declaraste, uma vez mais, que nunca me deixarias nem me abandonarias, como prometeste em Josué 1:5. Disseste-me que eu também nunca Te deixaria. Disseste que eu podia permanecer envolta por Teu manto, enquanto desejasse. E como Tu, o Deus Todo-Poderoso, dizes que não devo ir embora, sei que isso é verdade.

Permites que eu sinta a mesma alegria que Maria Madalena deve ter sentido quando Te adorou, ungindo Teus pés com perfume e derramando seu amor e apreço, do fundo do coração. Lá no Getsêmani, adquiriste o direito de perdoar-lhe os pecados, que eram muitos. Eu também me sinto como Maria.

Tu, grande Deus, que me deixas experimentar Teu amor ao ser envolvida por Tua justiça, Teu manto branco, és o mesmo Homem que foi abandonado por todos os melhores amigos. O mesmo Homem cujo coração se partiu no Jardim do Getsêmani, ao adquirires o direito de permitir que eu Te abrace. Adquiriste o direito de me envolver no manto da Tua justiça, do Teu amor, fé e pureza. “Vede que grande amor nos concedeu o Pai!”

Hoje, enquanto leio, percebo o que tens feito. A capa, a túnica, as vestes que puseste ao meu redor são o manto da Tua justiça. Ah, Jesus, e pensar que não preciso estar em lugar nenhum a não ser aqui, contigo, permanecendo sob Tuas vestes brancas! O preço requerido para o recebimento de uma dádiva como essa é, simplesmente, a entrega do “eu” (Isaías 55:1)!

Elizabeth Boyd

"Como é sua fé?"


Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos. Hebreus 11:1


Falar e pregar sobre a fé é fácil, especialmente quando tudo vai bem, o céu está azul e não há crise à vista. Mas bata de frente com uma crise, e o pregador da fé vê a necessidade de investigar mais profundamente sobre o grau de sua confiança no Senhor.

Minha mãe estava morrendo em Penang, Malásia, e quando recebi a notícia de que devia ir para casa imediatamente, fiz um esforço maluco para reservar a passagem de avião de Seul, Coreia, para Cingapura e depois para Penang. O primeiro trajeto do voo, de Seul para Cingapura, foi confirmado, mas eu estava na lista de espera de Cingapura para Penang. Naquela manhã, quando cheguei ao aeroporto de Seul, usei todo o poder persuasivo para convencer o gerente a me dar um assento de Cingapura para Penang, mas as mãos dele estavam amarradas. “Tente a sorte em Cingapura”, disse ele.

Durante as sete horas seguintes, nada havia que eu pudesse fazer. Contudo, a reação humana era preocupar-se com o que aconteceria em Cingapura. Será que eu conseguiria a conexão?

Foi interessante o modo como falei comigo mesma acerca de minha fé no Senhor. Sentada no avião que saía de Seul, fiquei repetindo promessas bíblicas e, mentalmente, me submeti a Deus. Após a refeição, o Senhor me deu uma paz tão grande, no sentido de que cuidaria de todos os detalhes, que caí no sono. As horas anteriores haviam sido estressantes. A enfermidade de mamãe me trouxera grande pesar. Mas o Senhor me deu paz e confiança em Sua guia.

Os passageiros estavam saindo do avião quando acordei. O Senhor colocara a aeronave no terminal de onde sairia meu voo de conexão. No balcão, contei à funcionária que minha mãe estava doente, em estado crítico, e que eu precisava embarcar no voo. Ela foi compassiva e garantiu que me daria consideração especial. Levou uma hora, mas eu me ocupei falando de fé ao telefone com minha filha. Fizemos até planos alternativos, para o caso de não ser da vontade de Deus que eu embarcasse naquele voo. Relembrei uma vez mais como Maria e Marta acharam que Jesus estava quatro dias atrasado para curar Lázaro, mas, graças a Deus, Ele é sempre pontual.
Quando chegou o momento de conferir a questão com a funcionária que cuidava das passagens, fiquei emocionada. Minha fé se renovou em um Deus que Se importa conosco. Deus é bom, com certeza!

Sally Lam-Phoon

sábado, 16 de agosto de 2014

"Rebeca!"


Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida, que Deus prometeu aos que O amam. Tiago 1:12

Numa tarde de sexta-feira, 7 de agosto de 2009, nasceu minha querida filha: Rebeca – a filha prometida! Bonita e esperta , mas com dois problemas congênitos. Tinha um cisto nas gengivas e um canal da aorta cardíaca que devia ter fechado com oito semanas, mas não fechara. Portanto, ela precisou de cirurgia pelos dois motivos. A primeira, quando ela estava com dois meses, foi rápida e tranquila. Voltamos para casa no mesmo dia. A correção cardíaca, porém, quando ela estava com quatro meses, foi uma verdadeira prova de fogo para meu marido e para mim.

Aquilo que a princípio seria uma simples correção, transformou-se em várias complicações, começando com uma séria laringite por causa da entubação, a qual evoluiu para uma parada respiratória, bem como quatro dias de entubação, infecção urinária, pressão alta persistente, anemia, sangramento gastrointestinal, retirada do uso de sedativos e entubação pela terceira vez por causa de uma infecção generalizada.

Minha filha passava literalmente pelo vale da sombra da morte, e minhas forças físicas e mentais estavam no limite. Meu corpo não reagia mais. Não sentia fome. Não sentia sede. Orei sem cessar, e muitos oraram comigo. Rebeca passou 20 dias no hospital, 13 deles na UTI pediátrica.

Foi um período de terrível aflição para mim. Eu nunca experimentara sentimentos como aqueles. O Senhor, contudo, libertou minha menininha de todas as enfermidades e me sustentou com Sua força. Várias vezes, perguntei por que isso estava acontecendo. Deus, em Sua infinita bondade, colocou em meu coração não o “por quê”, mas o “para quê”. Rebeca veio para me unir a Deus, a fim de que eu pudesse desenvolver o fruto do Espírito, pelo qual vinha clamando nos últimos anos; para que eu aprendesse a lançar todas as minhas ansiedades diante do Senhor; para que aprendesse a louvá-Lo em tempos de calma e tempos de aflição; para derribar minha arrogância e meu orgulho e me recriar à Sua semelhança. Acima de tudo, para me preparar para a segunda vinda de Jesus.

Agora posso dar graças ao Senhor por me haver levado ao fogo refinador. Como Ele nos ama! Bendito seja o Deus de Israel, o Deus dos milagres, o Deus da nossa salvação! 
Suzi David Arandas

"Condenado por não fazer nada!"


A vida de Moody foi justamente uma vida de ação. Criticado por outros por causa do péssimo inglês que falava, nunca se amedrontou e em certa ocasião, quando alguém lhe disse que cometia muitos erros gramaticais, Moody respondeu: “Eu sei que cometo muitos erros, e tenho falta de muitas coisas, mas estou fazendo o melhor que posso com o que tenho”. Então fixou o olhar no homem e acrescentou: “Olhe aqui amigo, você possui bastante gramática. O que está fazendo com ela para o Mestre?”
Se a vida não dura mais do que 80 ou na melhor das hipóteses 90 anos, por que ficar de braços cruzados, desculpando a nossa inatividade no fato de que não nos apoiam ou nos criticam? A única maneira de não ser criticado é não fazer nada, mas mesmo assim, você se perderá por não ter feito nada.
Viver a vida é aceita-la com seus riscos e desafios, é colocar cada gota de sangue e cada grama de energia para construir um sonho, é buscar nosso lugar no mundo, é criar oportunidades e não permanecer assentados, sentindo compaixão de nós mesmos e achando-nos os coitados da vida.
Pergunte-se esta manhã, o que foi que você já construiu na vida? Quais são seus sonhos? Para onde você vai? Como pensa alcançar seus objetivos?
Os que cada dia permanecem aos pés de Jesus, receberão poder dEle e não ficarão satisfeitos com o pouco que conseguiram. E isto, vale também para nós como Igreja.
Quanto avançamos? É tudo o que podemos fazer? Estamos contentes com tão pouco?
(Alejandro Bullon)- Blog do Amilton Menezes.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

"Deus realmente mostra o caminho?"

É realmente verdade? Deus guia Seus filhos desse modo? Quero ouvir com você o que o Espírito Santo tem a nos dizer sobre direção, porque isto, às vezes, é um problema para mim, como para muitas pessoas. Há muitos que dizem: “Nunca ouço nada quando peço direção”.
Então a minha questão é: “Você ouve?” Às vezes tenho de esperar pelo Senhor, mas esta espera pode ser uma bênção em si mesma, se esperamos na presença do Senhor. Nossa hora devocional é proveitosa para isto.
Se você deseja ouvir claramente a voz de Deus e está incerto, permaneça em Sua presença até que Ele remova sua incerteza. Frequentemente, muita coisa pode acontecer durante esta espera pelo Senhor. Às vezes, Ele muda orgulho para humildade; dúvida, em fé e paz; e lascívia, em pureza. O Senhor pode e o fará.
Devemos entender também que, às vezes, o silêncio do Senhor é o modo de Ele deixar-nos crescer, do mesmo jeito que uma mãe permite ao filho cair e levantar de novo, quando está aprendendo a andar. Se de vez em quando Deus permite um conflito, pode ser o seu jeito de nos treinar. (Extraído da obra Not I but Christ, de Corrie Boom.)


 

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

"Nada está acabado até que ELE o diga!"

   
  Seja honesto. Ficamos felizes quando Deus diz “não” para aquilo que queremos, e “sim” para o que precisamos? Nem sempre, se lhe pedimos um novo casamento e Ele nos disser: “Honre aquele que você tem”, não ficaremos felizes. Se pedirmos cura e obtivermos a resposta “Aprenda através da dor”, não ficaremos felizes.  Se pedirmos mais dinheiro e Ele nos responder: “Junte tesouros invisíveis”, nem sempre ficaremos felizes.
Não é fácil quando Deus não faz aquilo que queremos. Nunca foi. Nunca será. Mas a fé é a convicção de que Deus sabe mais sobre esta vida do que nós, e certamente nos ajudará a passar por ela.
Lembre-se, o desapontamento é causado por expectativas não atendidas. O desapontamento é curado pelas expectativas renovadas.
Gosto daquela história sobre o sujeito que foi a uma loja de animais à procura de um periquito cantador. Parece que ele era solteiro e sua casa, silenciosa demais. O dono da loja lhe trouxe o pássaro ideal, de modo que o homem o comprou. Ao chegar do trabalho no dia seguinte, o homem encontrou a casa cheia de música. Foi até a gaiola para alimentar o pássaro e notou pela primeira vez que o periquito tinha apenas uma perna.
Sentindo-se enganado por lhe terem vendido um pássaro de uma só perna, telefonou e reclamou.
- O que você queria – perguntou-lhe o dono da loja – um pássaro que soubesse cantar ou um que soubesse dançar?…
Precisamos ouvir que Deus ainda está no controle. Precisamos ouvir que não está acabado até que Ele o diga.  Precisamos ouvir que as adversidades e as tragédias da vida não são motivo para abandonarmos o avião pulando de paraquedas. São simplesmente um motivo para apertarmos o cinto de segurança do assento.
Corrie tem Boom costumava dizer: “Quando o trem passa pelo túnel e o mundo fica escuro, você pula fora? Claro que não. Você se senta tranquilo e confia que o maquinista o levará até o outro lado…”
Da próxima vez que você ficar desapontado, não entre em pânico. Não pule fora. Não desista. Apenas seja paciente e deixe que Deus lhe lembre que Ele ainda está no controle. Não está acabado até que esteja acabado. (Max Lucado)- Blog Amilton Menezes.

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