terça-feira, 28 de fevereiro de 2012


O bolo da lição objetiva



O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará. 1 Tessalonicenses 5:23, 24



Era o meio da tarde quando meu esposo se lembrou de que estava encarregado do sistema de som na igreja naquela semana, e que teríamos um pregador convidado. O orador também faria um programa à tarde, e assim devíamos ficar para o almoço comunitário. De repente, precisei fazer comida suficiente para partilhar.


Com dois compromissos programados para aquela tarde, corri tentando deixar tudo pronto. Rapidamente preparei a mistura de um bolo. Mas quando procurei a costumeira forma retangular, não a encontrei. Pressionada pelo tempo, rapidamente decidi usar duas formas redondas e depois corri para meu primeiro compromisso. Retornei, encontrando os dois bolos esfriando sobre o balcão. Fiquei aliviada. Agora, só precisava colocar a cobertura neles e seguir para meu compromisso seguinte. Fui buscar o prato redondo sobre o qual colocar o bolo e não o encontrei. Tudo o que achei foi o prato retangular. Que fazer?


Com o tempo se esgotando, peguei uma faca e cortei um dos bolos em quatro partes, posicionei o bolo inteiro no centro do prato retangular e ajeitei as partes ao redor dele. Deu certo. Apressada, apliquei uma fina camada de cobertura e disparei porta afora para meu último compromisso.


No fundo da mente, eu me perguntava: Como vou decorar esse bolo, para que fique apropriado para um almoço comunitário? Verificando o tempo, eu sabia que teria que ser algo muito rápido, e comecei a discutir as ideias com o Senhor. Enfeites, cobertura colorida e coisas assim pareciam muito infantis e consumiriam tempo. Assim, pensei em escrever algo sobre o bolo – mas o quê? Então o Senhor trouxe as palavras à minha mente e me mostrou como fazer com que coubessem sobre o bolo estranhamente acomodado. No canto superior esquerdo, com creme rosa, escrevi: “Não importa”. No canto superior direito, escrevi “em quantos”. No canto inferior esquerdo, “pedaços” e no canto inferior direito escrevi “você esteja...” Então, no bolo central, escrevi em verde: “Deus o torna inteiro”.


Há muitas coisas na vida que nos podem abater, retalhar ou despedaçar, mas a resposta para todas é a mesma: em Deus estamos inteiras. Abra seu coração e sua vida perante Ele hoje. Permita que Ele a restaure!


Juli Blood

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012


O ursinho de pelúcia



Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. 2 Coríntios 5:17



Uma foto tirada no meu primeiro aniversário me mostra sentada sobre uma mesa, rodeada por vasos cheios de rosas. Meu primeiro ursinho, Tobby, está sentado ao meu lado.


Esse ursinho era feito da pele amarelo-claro de cordeiro e tinha lindos olhos parecidos com botões. Ele virava a cabeça. Tobby me acompanha ao longo da vida toda, mas nem sempre o tratei com bondade. Lembro-me de uma briga com meu amado irmão mais velho, ocasião em que bati nele com o ursinho. Bati com tanta força que a cabeça de Tobby ficou nas minhas mãos, enquanto o corpo voou. Levei Tobby para minha mãe, que costurou a cabeça no lugar. Agora ele tem a cabeça rígida. Também descobri a tesourinha para unhas dos meus pais e cortei todo o pelo de um braço. Ninguém me havia contado que o pelo não cresceria de novo.


Então, um dia, meu pai me trouxe um urso grande. Fiquei apaixonada por esse novo urso. O pobre Tobby era antiquado demais, comparado com ele.


Não me lembro de quando passei o novo urso adiante, mas ainda conservo o Tobby. Ele ficou muitos anos numa caixa, no porão, mas eu o recuperei, lavei e escovei, e agora vejo que ele não tem uma aparência tão ruim, afinal.


Aprendi três coisas com meu ursinho. Primeira: assim como Tobby, Deus nem sempre teve a prioridade na minha vida. Ele também quase foi expulso do meu coração. Preciso decidir todos os dias: Quero viver este dia com Deus? Quero amá-Lo de todo o coração? Está Ele tão perto de mim, a ponto de eu poder confiar nEle, aqui e agora? Deus deseja estar perto de nós. É minha decisão colocá-Lo em algum canto da minha vida ou viver cada dia com Ele.


Segunda: Mesmo como um pobre ursinho de pelúcia, com um braço depilado e a cabeça rígida, Deus me ama e não desiste de mim. Nunca me jogou no lixo, embora às vezes, provavelmente, eu o tenha merecido.


Por fim, em nossa vida diária, nós encontramos muitos Tobbys que foram maltratados, que têm cicatrizes na alma. Com frequência, sofreram maus-tratos e foram colocados em algum canto por aí. Mas são importantes para Deus. Amar a Deus significa amar todas as pessoas que são importantes para Ele.


Jesus deseja mudar-nos para que nos tornemos mais semelhantes a Ele. Deixaremos que Ele nos transforme?


Hannele Ottschofski

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


O lugar de refúgio



Livra-me dos meus inimigos, Senhor, pois em Ti eu me abrigo. Salmo 143:9, NVI



O ponto alto de uma recente viagem à Holanda foi a visita ao lar da família Ten Boom, em Haarlem. Essa casa se tornou um refúgio, um “esconderijo” literal para fugitivos e pessoas procuradas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Ao protegê-los, a família incorria em perigo real. Sua resistência não violenta contra o opressor nazista foi um ato de fé. Essa fé os levou a esconder judeus, estudantes que se recusavam a cooperar com o inimigo e membros da resistência holandesa do movimento subterrâneo. Seu lar se tornou o centro da atividade clandestina, com uma rede de contatos.


Na sala, ouvimos a tocante história dessa família de fé e saímos para um tour pela casa. Especialmente interessante era o quarto de Corrie Ten Boom, pois ele continha o “refúgio secreto”. Os fugitivos removiam uma caixa da prateleira de baixo de um guarda-louça, erguiam uma porta grande o suficiente para que se passasse engatinhando por ela e se escondiam por trás de uma parede falsa. Enquanto eu examinava essa pequena abertura, vi que jamais conseguiria passar por ali, com meus problemas na coluna. Os que se refugiavam na casa praticaram até conseguirem, todos, ocultar-se em 70 segundos.


No dia 28 de fevereiro de 1944, a família foi traída e a Gestapo invadiu a casa. Seis membros da família foram presos, mais outros 30 amigos presentes, que desconheciam a traição. Mas a Gestapo não descobriu os quatro judeus e dois membros da resistência, seguros no seu “refúgio secreto”.


A Gestapo permaneceu na casa por alguns dias, convencida de que ali havia judeus, na esperança de matá-los de fome.
Embora o pai de Corrie tenha morrido na prisão e a irmã dela, Betsie, em Ravensbrück, um famoso campo de concentração para mulheres localizado na Alemanha, onde estavam internadas, Corrie sobreviveu. Depois da guerra, ela viajou pelo mundo por 30 anos, testemunhando do poder do amor e do perdão de Deus. Animava a todos com quem se encontrava, com a mensagem de que Jesus Cristo é vitorioso sobre tudo, até sobre a violenta e desesperançada desgraça de um campo de concentração.


Senhor, que eu seja uma fiel testemunha Tua em tudo o que eu fizer hoje. Todos necessitamos do tipo de fé revelado por essa família, que se opôs ao inimigo em face da morte.


Nancy L. Van Pelt

domingo, 12 de fevereiro de 2012


Instrumentos de Deus



Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados. Mateus 5:4, NVI



Gosto de viajar, e, como geralmente viajo sozinha, isso me dá a oportunidade de conhecer pessoas muito interessantes. Mas, numa viagem específica, decidi que não me envolveria em conversas com nenhum outro passageiro. Queria simplesmente relaxar e dormir.


Depois de passar por longas filas nos balcões do check-in e da rotina nos procedimentos de segurança, finalmente entrei no avião e me acomodei, relaxando exatamente como planejara. Ao meu lado, sentou-se uma senhora de meia-idade. Ela parecia um pouco aflita e estava vestida de preto. Discretamente, olhei para ela e achei que não seria difícil seguir meu plano de descansar e não falar com ninguém no avião.


Depois de quatro horas de voo, o avião estava pronto para pousar. Fiquei contente porque o voo acabara e eu veria minha família em breve. Enquanto o avião taxiava na pista, olhei para minha companheira de assento outra vez e decidi perguntar-lhe por que estava fazendo aquela viagem.


Com a voz trêmula e muita tristeza no rosto, ela me contou que sua irmã e a família de seis pessoas haviam sofrido um acidente no dia anterior, e todos os seis morreram. Ela estava indo para o funeral. Eu me senti pavorosamente culpada! Quão egoísta fui! Quantas palavras confortadoras poderia eu ter dito a ela em quatro horas? Como pude perder a oportunidade de falar-lhe sobre nosso amoroso Deus e Seu amor pelos sofredores? Tentei dizer algumas palavras confortadoras, mas não fui bem-sucedida. Imediatamente elevei uma prece a Deus, pedindo ajuda para aquela pessoa desesperada que estava sofrendo. Também orei pedindo perdão – eu havia falhado.


Somos os instrumentos de Deus para alcançar e ajudar os outros de toda maneira possível. Ele coloca as pessoas em nosso caminho com um propósito. Permitamos que o Senhor faça a Sua obra por nosso intermédio. Talvez todas devamos pensar em Colossenses 3:12, que diz: “Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência” (NVI).


Querido Deus, quero ser Teu instrumento. Por favor, usa-me para ser uma bênção aos outros – e ajuda-me a estar pronta e disposta.


Hannelore Gomez

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Coração Enganoso...



Como águas profundas, são os propósitos do coração do homem, mas o homem de inteligência sabe descobri-los. Prov. 20:5.




A nota era simples e ao ponto: “Vou embora porque nem eu me compreendo. O meu coração é um mar de confusões.” A família chorou. Foi um golpe imprevisto. Segundo as pessoas mais próximas, ninguém imaginaria que aquele jovem, aparentemente alegre e feliz, que na noite anterior participava de uma festa de aniversário, estaria pensando em cometer suicídio.



Evidentemente, os propósitos do coração daquele jovem eram “águas profundas”. O próprio Jeremias diz: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” Jer. 17:9. O profeta está descrevendo o coração de todos os seres humanos em seu estado natural.



“Nunca poderia imaginar que o homem a quem confiei a vida e com o qual me casei seria capaz de cometer essa monstruosidade”, disse chorando uma mãe ao descobrir que seu esposo tinha abusado da própria filha. Como explicar o fato de pessoas comprometidas com a religião estarem envolvidas em escândalos sexuais? Como entender que um ser humano racional promova atos de violência que animais seriam incapazes de cometer? Enganoso e incompreensível é o coração humano. Sua tendência é o mal.



Mas existe uma promessa: “Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne para que andem nos Meus estatutos, e guardem os Meus juízos, e os executem; eles serão o Meu povo, e Eu serei o seu Deus.” Ezeq. 11:19 e 20.



O verso de hoje diz que o homem inteligente sabe descobrir os propósitos misteriosos do coração natural. Como faz isso? Quando busca a palavra de Deus, descobre a natureza real do coração. Então, muitas coisas que você não entendia acerca de suas próprias incoerências passam a ter sentido. Você percebe que sua conduta não precisa apenas de uma nova orientação, mas que seu coração precisa ser transformado para que, em lugar de ser um poço de águas escuras, torne-se um manancial de água pura.



Jesus está pronto a realizar esse milagre em sua vida. Não se esqueça: “Como águas profundas, são os propósitos do coração do homem, mas o homem de inteligência sabe descobri-los.”






Alejandro Bullón
www.ministeriobullon.com

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012



O Dom de Meu Tempo...

Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Deuteronômio 6:4-7, NVI



Existe algo especial no fato de ser avó. Tenho sido abençoada com cinco graciosas netas e, como acontece com toda vovó, amo passar tempo com elas. Algum tempo atrás, nossa filha e suas três meninas vieram visitar-nos aqui na Inglaterra. Enquanto estavam aqui, procurei algo num dos meus guarda-louças e encontrei dois velhos bibelôs de porcelana que estavam ali simplesmente juntando pó. Perguntei às duas meninas mais velhas se elas os queriam para o seu quarto, e elas ficaram encantadas em recebê-los.


Minha neta de 4 anos, que estava brincando no chão, olhou para cima, para o que estava acontecendo, mas continuou a brincar. Passaram alguns minutos. Então ela se levantou e parou na minha frente. Levantando as duas mãozinhas gorduchas em minha direção, ela disse: “Aqui não tem nada que você me deu.”


Desde aquele dia, tenho pensado com frequência em suas palavras: “Aqui não tem nada que você me deu.” Tenho enchido suas mãozinhas apenas com presentes materiais, coisas que se quebrarão, sairão de moda, desbotarão ou perderão o valor com o passar do tempo? Ou também lhe dei presentes do coração, presentes de valor eterno?


Quanto mais idosa fico, mais percebo como é importante dar a essas pequeninas não só presentes colocados em suas mãos, mas dar-lhes a dádiva do meu tempo. Quero passar mais tempo ouvindo suas preocupações, mais tempo falando sobre coisas de valor eterno, mais tempo orando com elas, contando-lhes do amor de Jesus por elas e dando-lhes a oportunidade de expressar seu amor por Jesus. Subestimamos grandemente o precioso dom do tempo. Deus me mostrou, em Deuteronômio 6:4-9, um modelo de como passar tempo com minhas netas: devo falar acerca de Deus e do que Ele tem feito por nós, em todos os momentos e de todas as maneiras que puder. Como exemplo, chega a dizer: “Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões” (verso 9). Oro para que me lembre desse modelo da próxima vez que passar tempo com minhas netas. Quero dar-lhes não só presentes materiais, mas também a dádiva do meu tempo.


Anne-May Wollan


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012


Santos curativos

Abandonem toda amargura, todo ódio e toda raiva. Nada de gritarias, insultos e maldades! Efésios 4:31, NTLH.

Sentia-me exaurida, sem energia, e as pernas se recusavam a andar. Meus pensamentos eram confusos e as lágrimas corriam frias, enquanto eu lutava para focalizar a face pálida de minha mãe, contra o lençol branco da cama do hospital. A cateterização cardíaca, programada para durar breves 45 minutos, havia levado oito horas terríveis. Então, o médico despejou uma torrente de palavras sobre meu pai e sobre mim. Ouvimos atentamente, mas tudo o que pude entender foi: “Coloquei um curativo sobre o coração da sua mãe. Há pouca coisa que possamos fazer.” Sou enfermeira, mas me senti impotente e entendi bem pouco daquilo que o doutor disse. Mamãe foi transferida para a UTI coronariana e meu pai e eu fomos encaminhados para uma sala de espera em forma de L. Rostos preocupados se alinhavam contra as paredes. As vozes tremiam. Papai sentou-se num silêncio entorpecido ao meu lado, enquanto eu soluçava e tremia. Na sala lotada de rostos irrequietos, manchados de lágrimas, uma branda voz feminina se fez ouvir em meio ao ruído e uma cálida mão apertou a minha. “Querida, posso orar com você?” Fez-se um silêncio reverente na sala. Não me lembro de uma palavra da oração que ela proferiu, mas não me esquecerei nunca da presença de Deus ali. Onze anos passaram desde aquele dia, quando um curativo simples sobre o coração de mamãe foi abençoado por uma oração santa, sagrada. Nós tocamos e somos tocadas incontáveis vezes enquanto vivemos nossa história. As prateleiras das farmácias expõem uma variedade de curativos adesivos para crianças, todos designados a ajudar a curar coraçõezinhos enquanto saram pequenas feridas. Mas corações partidos e feridos também nos mudam. Feridas como a morte e a doença que apunhalam o coração podem ser claramente visíveis, mas os ferimentos infligidos por palavras cruéis e impensadas podem esconder-se lá no fundo. Ainda assim, ferroam e exaurem aos poucos nosso corpo e espírito. Você pode mudar uma vida para sempre, quem sabe a sua própria. Partilhe um curativo terapêutico e santo de compaixão e perdão que tenha sido abençoado por Deus.
Judy Good Silver
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