segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

"Um centavo por meus pensamentos!"

Bem Aventurados os que choram, porque serão consolados! (Mt. 5:4).
                                           
Depois de uma visita natalina, meu pai continuou a viagem para passar algum tempo com outros familiares, antes de voltar para sua casa, em Michigan. Uma pista escorregadia, bem depois da meia-noite, apenas quatro dias após o Natal, acabou sendo o último trecho de estrada que aquele homem maravilhoso percorreria na Terra. Vinte anos depois, a lembrança ainda é difícil. Mas Deus veio em meu resgate rapidamente, e de um modo tão personalizado com relação às minhas necessidades particulares, que sinto alguma alegria ao recordar essa porção daqueles dias cheios de pesar.
Todos os dias, caminho um quilômetro e meio até o local de trabalho, e de volta para casa. Enquanto caminhava, eu procurava pensar em qualquer coisa para evitar pensar em meu pai, mas ele aparecia em minha mente, causando profunda tristeza. Eu me vi questionando Deus acerca da condição de meu pai por ocasião de sua morte – estariam as coisas acertadas entre ele e Deus? Então meu querido Pai celeste começou a falar comigo usando a linguagem das moedas. A princípio não fazia sentido, mas, centavo por centavo, comecei a reconhecer a amorosa presença de Deus. Toda vez que me surgiam perguntas sobre o preparo de meu pai para morrer, eu via uma moedinha no chão. Cada uma era, para mim, a confirmação imediata de Deus de que eu não precisava me preocupar.
Nunca me esquecerei de uma ocasião mais recente, quando Deus me mostrou uma moeda diante de meus pensamentos, algo que me levou a ficar, literalmente, de queixo caído. Ajoelhada junto à cama no escuro, eu pensava num rapaz que eu conhecera e que havia sido vítima de homicídio. Eu me vi questionando a sua condição diante de Deus no momento da morte, e fiquei extremamente aflita.
Lembrando-me do meu pai, comecei a orar para que o rapaz, que estava voltando para Deus, estivesse repousando seguro em Jesus, e anelava uma moeda de Deus para confirmar isso. Mas não podia haver moedas no chão onde eu estava ajoelhada – podia? Enquanto procurava sobre o carpete, fui rudemente interrompida por um pensamento totalmente desconectado de minha preocupação imediata. Minha vizinha surgiu em minha mente. Por que estou pensando nela? Tentei voltar aos tristes pensamentos, mas Eliane estava de novo em minha cabeça, desta vez com seu cachorrinho gordo. Suspirei, incomodada, mas então, de imediato, louvei ao Senhor por Seu milagre. Ele havia realmente arranjado uma moeda para mim. O cachorrinho gordo? Seu nome era Penny [centavo]!
(Christine B. Nelson).

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