segunda-feira, 29 de setembro de 2014

"Lições no consultório odontológico!"

setembro

Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. 1 João 1:9.

Encontrava-me no consultório do dentista. Fazia algum tempo que eu não ia lá, e estava pagando por isso. Enquanto procurava me lembrar de algo em que pensar para me distrair da dor, percebi os paralelos entre minha experiência no consultório e o pecado em minha vida.
Sei que a analogia vai só até certo ponto, mas pense nisto: a placa é como o pecado. Vai crescendo. Se você não fizer algo a respeito, só piora. Antes de ir ao dentista, achei que os dentes estavam limpos. Afinal, naquela mesma manhã, eu havia escovado os dentes e passado neles o fio dental. Mas os dentes não estavam limpos. Não de verdade. Não comparados com a limpeza que poderiam apresentar. Fazia um bom tempo que eu não ia ao dentista, e eu me esquecera de como é, na realidade, a aparência de dentes limpos.
Achei que soubesse, mas precisava de um lembrete. A mesma coisa com o pecado. Posso chegar a ser até condescendente, achando que sou uma boa pessoa. Afinal, não matei ninguém, nem roubei ou menti. Mas os “pequenos” pecados podem se intrometer em minha vida sem que eu os perceba. Pecados como orgulho, ressentimento ou raiva. Se não os cortar pela raiz, chego a pensar que são normais. Não vejo a feiura e a dor que causam.
Para continuar a analogia, posso fielmente escovar os dentes e passar o fio dental duas vezes por dia, mas ainda preciso fazer a limpeza no consultório. Ou, dizendo de outro modo, posso ler a Bíblia para aprender como ser o tipo de cristã que Deus quer que eu seja, e posso orar todos os dias para que Ele me ajude, mas quando o pecado está lá, preciso ir em busca da limpeza. Preciso confessar meu pecado e pedir que Deus me perdoe, que remova o pecado da minha vida. Pode não ser agradável. Pode até ser doloroso, mas, assim como a ida ao dentista, deve ser feito. Adiar só piora a situação. Quanto mais placa houver para ser removida, tanto mais tempo demora, e mais doloroso é o processo. Quanto maior o tempo durante o qual você permite que o pecado cresça em sua vida, tanto mais difícil será erradicá-lo, e mais doloroso será o processo.
Um último paralelo é este: como já disse, eu não havia ido ao dentista por um bom tempo, e me sentia um tanto embaraçada por isso. Mas as pessoas lá não me culparam por eu ter ficado ausente, nem se recusaram a me atender por causa disso. Não se envergonhe de ir a Deus com seu pecado e de pedir perdão. Ele não a culpará nem Se recusará a ajudá-la. Ficará contente porque você O procurou.
Julie Bocock-Bliss

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

"Orgulho, espinho na carne!"

Mas, para que não ficasse orgulhoso demais por causa das coisas maravilhosas que vi, eu recebi uma doença dolorosa, que é como um espinho no meu corpo. 2 Coríntios 12:7, NTLH

Dizem que a confissão faz bem à alma; portanto, permitam-me confessar. Uma das coisas com as quais tenho lutado desde a adolescência é o orgulho. Sou uma daquelas pessoas com múltiplos talentos. Deus me abençoou com muitos dons. Levei anos para aprender que não preciso usar todos os dons ao mesmo tempo, mas usar apenas aqueles de que preciso num momento específico. Mas meu orgulho sempre levava a melhor. Eu ficava feliz ao exibir meus talentos, mesmo que isso significasse deixar alguém em má situação.
A verdade é, eu achava que isso era uma boa experiência de aprendizado para a pessoa, e por isso eu a corrigia e lhe mostrava a maneira certa de fazer as coisas. Quanta arrogância! Imagino como Deus deve ter olhado para mim e simplesmente balançado a cabeça, sabendo que um dia eu chegaria a aprender. Bem, um dia aprendi.
Começou com uma série de problemas de saúde que me atravessaram o caminho. Cada um me incapacitava por um período de tempo, e mesmo após o restabelecimento eu não era capaz de funcionar como no passado. Dependia cada vez mais do auxílio de Deus para fazer o que antes parecia tão fácil. Lutei com a raiva, a autopiedade e a impaciência. E naturalmente eu disse a Deus que Ele era injusto ao me dar tantos dons e depois permitir que eu ficasse numa posição na qual precisava me esforçar para usá-los.
Então, um dia, ao ler a Bíblia, encontrei o texto de hoje, escrito por Paulo. Era como UM TOQUE de despertar, um momento “ahá”. Entendi o que Paulo estava dizendo. Veja que, dependendo de Deus para me dar forças e a alegria das quais preciso toda vez que me levanto para falar, toda viagem que faço e cada dia no escritório, percebo que não sou eu – é Jesus! Todos os dons de que tanto me orgulho não são meus, afinal. Pertencem a Deus, em primeiro lugar. E agora me considero menos orgulhosa e mais inclinada a dar a Deus toda a glória e o louvor por tudo o que faço. Assim, posso verdadeiramente dizer que não é por minha força, nem por meu poder, mas pelo Espírito de Deus que faço o que tenho feito para Ele (ver Zacarias 4:6). E aguardo o dia em que Jesus vier, dia no qual meu espinho será removido.
Cada uma de nós tem dons, e cada uma tem desafios. O teste é se procuramos fazer tudo por conta própria para receber o crédito ou não. Na verdade, é o Espírito Santo que nos capacita a fazer tudo o que realizamos.
Heather-Dawn Small

sábado, 13 de setembro de 2014

"ELE sabe como você se sente!"

E o Verbo Se fez carne e habitou entre nós. João 1:14, ARA

Ethel, minha vizinha do andar debaixo, e eu ouvimos os caminhões dos bombeiros passarem zunindo por nossa rua naquela manhã, e nos apressamos para ver qual casa se havia incendiado. Ao seguirmos o caminhão dobrando a esquina, vimos uma multidão reunida em frente da casa em chamas. Podia-se ouvir o estalo da madeira e ver os rolos de fumaça saindo por todas as janelas. Era terrível assistir a uma destruição como aquela. Ouvi uma mulher perto de nós dizer, em voz alta: “Imagine só, todos os seus pertences e as lembranças de uma vida inteira virando fumaça.” Como mulheres, podíamos facilmente nos emocionar com essa situação.
Ethel e eu estávamos paradas perto de uma mulher que chorava. Sabíamos que era a dona da casa, porque ficava repetindo: “Senhor, não posso acreditar que isso esteja contecendo comigo de novo.” Ela nos contou que era a segunda vez que uma casa sua era destruída pelo fogo.
Ethel pôs os braços ao redor dos ombros dela e disse: – Eu sei como você se sente.
A mulher enxugou as lágrimas, olhou para Ethel e perguntou: – Sua casa já se incendiou alguma vez?
Uma Ethel obviamente censurada respondeu em voz baixa: – Não.
Outras pessoas não podem conhecer o profundo senso de perda, o trauma emocional, a frustração completa e a impotência que alguém experimenta em face de uma tragédia assim, a menos que lhe tenha acontecido o mesmo. Então, e somente então, pode verdadeiramente dizer: “Eu sei como você se sente.”
Esse incidente trágico me trouxe vividamente à memória a encarnação de Cristo, descrita em Hebreus 4:15: “Pois não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas.” Ao vir à Terra como bebê, Cristo aprendeu, em primeira mão, como era viver como ser humano. Ele foi exposto ao bem, ao mal e às repulsivas experiências da humanidade.
Ethel foi bem-intencionada ao dizer à proprietária da casa que sabia como se sentia, mas isso não ajudou em nada a atenuar sua aflição. Se Ethel lhe dissesse que havia perdido uma casa num incêndio, então a mulher poderia ter sentido algum conforto com essas palavras.
É exatamente por isso que, como mulheres cristãs, podemos receber conforto nas adversidades, provas e tribulações, pois Cristo assumiu a humanidade. Ele passou por fadiga, fome, sede, agressão, rejeição, traição, luto, bem como amor, aceitação e alegria no serviço para Seu Pai.
Portanto, Ele sabe muito bem como nos sentimos.
Dorothy D. Saunders


terça-feira, 9 de setembro de 2014

"Falando com Deus!"


Em paz me deito e logo adormeço, pois só Tu, Senhor, me fazes viver em segurança. Salmo 4:8

Fazia cerca de duas semanas apenas que meu esposo David falecera, e eu estava tendo uma das minhas conversas com Deus. Não havíamos feito o joguinho do “Por que comigo?” David era maravilhoso, e teve fé em que Deus o curaria ou então permitiria que dormisse até Jesus voltar para buscar-nos. Não foi fácil viver aqueles 12 a 14 meses que o cirurgião havia dado de vida a meu esposo. Num momento, uma contração no braço direito; no minuto seguinte, a sentença de morte. “Tumor maligno no cérebro”, disseram. Nas primeiras semanas, corremos atrás de idas ao hospital, radioterapia e uma cirurgia.

Muitas coisas aconteceram durante aqueles meses, e nossa casa foi inundada por enfermeiras, médicos, pessoas adaptando nossa casa para as necessidades de David e, mais importante, para nós, nosso “pequeno grupo” da igreja. Todas as quintas-feiras pela manhã, estudávamos a vida de Jesus, e todas as semanas nossa fé crescia no conhecimento de que Deus nos ama e salva. As amizades cresceram ao redor daquela mesa, e foram esses amigos que cuidaram de nós e nos carregaram pelos dias mais tenebrosos.
David comemorou o septuagésimo aniversário e, naquela noite, depois que todos os visitantes haviam saído, ele adormeceu. A igreja estava repleta para a cerimônia que relembrava a vida dele. Alguns meses antes, ele até havia escrito um cântico, e o coral o cantou durante a cerimônia. Nós o levamos ao descanso numa tarde ensolarada, e agora, sobre a lápide, estão as palavas do texto de hoje, uma oração da qual me lembro diariamente.
Os dias após a morte de David foram incrivelmente tristes e muito silenciosos em comparação com os meses anteriores. Eu havia gritado para Deus, bradado para Ele, e finalmente Lhe perguntei: – Por quê? Quando todos havíamos pedido apenas um milagre, Ele não nos ouvira? A resposta que recebi foi impressionante: – Eu lhe dei dois milagres. – Teria eu deixado de notá-los? Eu não tinha visto nada.
– Que dois milagres? – perguntei, em meio às lágrimas.
– Nenhum de vocês sentiu dor. Eu a tirei de vocês.
Sabe, eu sofro de artrite reumatóide e não havia tido uma única crise durante a enfermidade de David, e o havia levantado de cadeiras, camas e cadeira de rodas. Quatro dias depois do sepultamento, acordei sentindo que não podia mover minhas mãos.
Quando as pessoas me perguntam sobre Deus e Sua existência, digo: “Ele existe. Tenho provas.”
Wendy Bradley


"Livramento!'



Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor. Efésios 6:4

Notei que ele estava sempre sozinho. Não disse uma palavra, nem uma sequer, durante um longo período de tempo. Quem é essa criança?, eu me perguntava. Que estaria fazendo naquela prisão, entre todos aqueles homens mais velhos? Havia uma instituição para adolescentes. Por que ele nunca assistia às sessões de aconselhamento? Eu não tirava os olhos dele.
Um dia, um dos homens mais velhos lhe falou e então, tomando-o pela mão, levou-o a um dos grupos de aconselhamento. O menino foi com ele mansamente, e sentou-se. Não muito depois, pediu uma Bíblia. Eu lhe dei uma, e ele a apertou contra o coração. Mais tarde, muitos dos outros homens me contaram que ele a levava consigo por toda parte. Quando saíam, enquanto os outros jogavam bola, ele procurava um lugar quieto e lia a Bíblia. Passou muito meses atrás das grades.
Por fim, o caso chegou perante o juiz. Naturalmente, ele devia estar com medo. Cedo, de manhã, quando o oficial foi buscá-lo, encontrou-o ajoelhado, agarrado à Bíblia e orando. O juiz olhou para ele com compaixão, enquanto ele se assentava na sala do tribunal ao lado de seu advogado. Ali estava uma criança de 14 anos. O conselheiro pediu que ele tirassse sua camisa e mostrasse as costas aos jurados. O rosto do juiz empalideceu, pois as costas do rapazinho estavam tão marcadas com cicatrizes, que não ficava visível sua pele original. Quando o juiz se recompôs, disse, com lágrimas na voz: “Vista de novo sua camisa e vá para casa.” Contaram-me que não se via um par de olhos secos naquele tribunal.
A história era que o pai do menino era um alcoólatra que voltava para casa embriagado todos os sábados à noite e batia nele e na mãe dele sem misericórdia. Uma noite, quando o pai estava a ponto de matá-la de modo brutal, o menino pegou uma faca de cozinha e esfaqueou o pai até a morte. A mãe acabara no hospital, e ele, na cadeia.
Sozinho e assustado, ele se viu preso. Não falara com ninguém, até o dia em que pediu a Bíblia, que ele lia constantemente. Ele e sua mãe se reuniram, e ele a incentivou a ir junto para a igreja. Agora, ambos são fiéis ao Senhor que lhes concedeu livramento.
Dê graças ao Senhor, pois Ele é bom e Sua misericórdia dura para sempre.
Daisy Simpson
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