Até a cegonha no céu conhece as estações que lhe estão determinadas, e a pomba, a andorinha e o tordo observam a época de sua migração. Mas o meu povo não conhece as exigências do Senhor. Jeremias 8:7
Não sei o que acontece em abril, mas as imponentes aves brancas sabem. Todas as manhãs de abril, enquanto estou sentada mastigando ruidosamente o cereal no meu recanto do desjejum, sei que verei pelo menos uma garça parada, em silente expectativa, sobre o galho do pinheiro do outro lado da janela. Às vezes, ela não está só. Minha mãe e eu, certa vez, contamos 22 delas, empoleiradas entre os galhos do pinheiro, olhando para a água, lá embaixo.
Enquanto navegava na internet, encontrei a resposta para a escolha do local por parte das aves. Elas vêm se alimentar de minúsculos peixes, camarões-d’água-doce, rãs e insetos que enxergam na água rasa sob seu poleiro. Lendo as entrelinhas das palavras de Jeremias no texto de hoje, vi a resposta simples à minha investigação relacionada com o mês de abril: “Até a cegonha no céu conhece as suas estações.” As aves sabem quando chegar e onde ficar. Elas sabem porque Deus as criou com instintos para guiá-las, para falar-lhes dos tempos.
Então me perguntei o que haveria por trás do lugar específico onde escolhem pousar. Verdade, a vista dá para uma grande extensão de um verdejante gramado e um laguinho raso, em cujas margens elas, por vezes, passeiam, mas por que escolhem aqueles espinhentos pinheiros para o seu pouso?
Essa pegunta continuou a me intrigar, até que dois poderosos furacões varreram nossa região, no ano passado. Os ventos curvaram as árvores em formatos angulares, torcendo algumas, derrubando e arrancando outras. Mas o que aconteceu aos pinheiros no fundo do nosso terreno? Absolutamente nada! Enquanto examinavam os danos no quintal dos nossos vizinhos, os agentes da companhia de seguros comentaram que nossas árvores estavam enraizadas demais para serem destruídas.
Inclinei a cabeça em reverente assombro. Por fim, conseguira fazer a conexão espiritual. Deus nos criou mais sábios do que as aves, imbuindo-nos com mais do que meros instintos. Ele nos deu os Dez Mandamentos para guiar-nos, e o poder da escolha para decidir onde ficaremos.
Agora, todas as manhãs, quando vejo uma imponente garça branca parada, em quieta expectativa, sobre um galho próximo, faço uma pausa para considerar onde estou eu e o que estou fazendo com os protetores Dez Mandamentos de Deus.
Glenda-Mae Green
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