Se eu acalentasse o pecado no coração, o Senhor não me ouviria; mas Deus me ouviu, deu atenção à oração que Lhe dirigi. Salmo 66:18, 19
Vivemos num mundo ruidoso e barulhento, cheio de todo tipo de sons e distrações. Acrescentem-se a isso as barreiras emocionais internas, nascidas de nossas experiências e traumas do passado, e a audição se torna um dos maiores desafios na comunicação. Muitos, simplesmente, não escutam (ou escutam seletivamente), e chegam a conclusões que estão longe da verdade. Talvez você tenha ouvido um filho dizer: “Mamãe, me escute; olhe para mim!” As crianças são bastante sensíveis ao fato de que os adultos podem estar tão ocupados com seus próprios pensamentos que apenas pareçam estar ouvindo.
Israel foi repreendido por Deus vez após vez por não dar atenção a Ele, e sempre que escolheu não ouvir, perdeu bênçãos. Ao longo do Antigo Testamento, Deus está em busca de Seu povo desatento, apelando para que O ouça e deixe seus maus caminhos. Ele sempre permaneceu por perto, com os ouvidos em sintonia com seus clamores. Fez tudo o que pôde para conectar-Se com Seu povo. Mostrou Sua presença numa nuvem de dia e numa coluna de fogo à noite. Enviou-lhes profetas. Procurou tanto chamar-lhes a atenção, usando trovões, terremotos, milagres, sinais e maravilhas – contudo, revelaram olhos cegos e ouvidos surdos.
Quando Jesus veio à Terra, como o Filho de Deus em pessoa, continuou a apelar ao Seu povo escolhido, mas com pouco resultado. Ainda assim, ouviu o clamor dos enfermos, paralíticos, sofredores, das mães e dos filhos, e a eles ministrou pessoalmente.
Quando, por fim, foi pendurado na cruz, o Filho de Deus ainda ouvia. A petição do ladrão penitente proporcionou a Jesus “um raio de conforto” (O Desejado de Todas as Nações, p. 749). O ladrão ouvira Jesus falando antes, mas Ellen White revela que ele foi desencaminhado pelos sacerdotes e rabis e afastou-se de Jesus. Recusando-se a aceitar o que Jesus dissera, seu caminho descendente acelerou-se até que foi preso como criminoso. Agora, enquanto ele se via pendurado na cruz, o Espírito Santo fez um último apelo ao ladrão. Suas experiências anteriores com Jesus lhe voltaram à mente, inundando-a, e ele cedeu, entregando-se.
Sim, Deus ouve – cada palavra de cada oração, cada intenção por trás das palavras, cada sentimento – e compreende. Se você se aquietar, se tomar tempo para sossegar e deixar sua ocupação de lado, ouvirá Sua voz. Ele aí está ao seu dispor – sempre. (Sally Lam-Phoon).
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