Das alturas estendeu a mão e me segurou; tirou-me de águas profundas. (2 Samuel 22:17 ).
Em 26 de dezembro de 2004, um grande terremoto abalou o solo oceânico próximo à costa de Sumatra. Esse abalo sísmico gerou um tsunami que se movimentou em círculos concêntricos até atingir a Indonésia, Tailândia, Sri Lanka, Índia, Bangladesh e até mesmo partes da África. A devastação deixou um rastro de descrição insuperável. No mínimo 150 mil pessoas morreram; milhares de outras ficaram desabrigadas, deslocadas e sem alimento ou água potável. Entre as imagens que nos foram apresentadas de horror cada vez mais crescente, à medida que os repórteres chegavam nas semanas que se seguiram, uma série de três fotografias chamaram especialmente a atenção. A primeira mostra turistas confusos na praia de Rai Leh em Krabi, Tailândia, olhando para o recuo da água pouco antes do tsunami. Outra imagem mostra banhistas nadando o mais depressa possível em direção à praia ao verem a imensa coluna de água se aproximar. Na terceira, porém, vemos uma mulher correndo em direção à onda gigantesca, que passa engolindo barcos e tudo mais que está em seu caminho. Quem foi essa mulher? Por que correu em direção ao muro da morte? E o que aconteceu com ela? Vários dias mais tarde essas perguntas foram respondidas. Seu nome: Karin Svaerd, 37, da Suíça. Os filhos Anton, 14, Filip, 11, e Viktor, 10, além do irmão e do cunhado, estavam se divertindo no mar nadando com máscaras e tubos de respiração, totalmente alheios ao desastre que estava prestes a atingi-los. Karin gritou para que fugissem, mas eles não puderam ouvir. Em desespero, ela correu contra as ondas no esforço de salvá-los. A família, apanhada pelo tsunami, foi arremessada de um lado para o outro embaixo d’água. Mas surpreendentemente, maravilhosamente, cada um deles conseguiu colocar-se em pé e fugir para um local mais alto. Anton e o irmão mais novo, Filip, foram atirados contra os bangalôs da praia; Karin, de alguma forma, conseguiu agarrar-se a um tronco de árvore; outro membro da família foi lançado numa piscina. Todos sobreviveram. Karin se tornou uma heroína para os seus compatriotas e para outras pessoas à medida que a mídia mundial apresentava as fotografias. “Não me importei. Estava olhando para os meus filhos. Queria segurá-los e protegê-los”, ela afirmou. Exatamente como Aquele que, a despeito de Sua própria morte, nos viu e, com o desejo de nos segurar e proteger, mergulhou no tsunami do pecado. (William Johnsson).
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