Mas porque Deus foi tão gracioso, tão generoso, aqui estou eu. E não desperdiçarei a Sua graça. Não trabalhei arduamente para fazer mais do que os outros? Mesmo assim, meu trabalho não representou tudo. Foi Deus quem me deu o trabalho a ser feito, foi Deus quem me deu energia para cumpri-lo. (1 Coríntios 15:10, The Message).
Ocasionalmente, chega ao nosso conhecimento a triste notícia de um pastor que foi apanhado em alguma falta que resulta em sua demissão. Vez por outra se trata de um evangelista que mantinha um relacionamento adúltero. Juntamente com o choque e a decepção, surge uma pergunta perturbadora: Como o trabalho dessas pessoas foi aparentemente tão bem-sucedido se estavam levando uma vida dupla? O evangelista, o ministro, ganhou pessoas para Cristo até um pouco antes da descoberta de suas atividades clandestinas. Deus aparentemente abençoou seus esforços a despeito de sua vida pecaminosa. O fato é que cada um de nós, quer façamos parte do clero ou não, é um instrumento falho. Assim, Deus Se vira com o que tem; usa agentes que estão longe do ideal. Ele concede o sucesso até mesmo para aqueles cuja vida secreta nega o poder do evangelho que proclamam. Ainda assim, Deus chama cada seguidor, ordenado ao ministério ou não, para o serviço santificado. Desafia-nos a entregarmos a Ele o nosso melhor, tudo, para vivermos uma vida de constante submissão à Sua vontade e de dependência em Sua força. Assim como Paulo, não devemos desperdiçar a graça. Por termos sido tratados de maneira tão generosa pelo amoroso Pai, ficaremos ansiosos para trabalhar e testemunhar. Dedicação e trabalho árduo são reações apropriadas, mas apenas se tudo o que fizermos for santificado pela presença e pelo poder de Jesus. “Necessitamos olhar continuamente a Jesus, compreendendo que é Seu poder que realiza a obra. Conquanto devamos trabalhar ativamente pela salvação dos perdidos, cumpre-nos também consagrar tempo à meditação, à oração e ao estudo da Palavra de Deus. Unicamente o trabalho realizado com muita oração e santificado pelos méritos de Cristo demonstrar-se-á afinal haver sido eficaz” (O Desejado de Todas as Nações, p. 362). Nos dias de Paulo, havia os que pregavam Cristo movidos pela inveja e ambições egoístas (Fp 1:15, 16). Alguns não passavam de meros falsificadores da Palavra de Deus (2Co 2:17). Outros estavam em busca de cartas de recomendação (2Co 3:1). Pouca coisa mudou. Mas, contra todos esses esforços, Deus nos chama hoje a trabalhar motivados pela graça e santificados pelos méritos de Cristo. (William Johnsson).
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