Não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais!( Lucas 12:7, NVI).
Senti o mundo desabando ao meu redor, minha vida organizada girando fora de controle. Os negócios do meu esposo estavam fracos e provavelmente entraríamos em concordata. Financeiramente, estávamos à beira do desastre. Todos os nossos bens estavam comprometidos no negócio e, se tivéssemos que fechar as portas, meu esposo teria que declarar falência. Perderíamos tudo, incluindo nossa casa. Todas as noites, quando ele voltava do trabalho para casa, a notícia era mais sombria e desalentadora que a da noite anterior. Eu não conseguia entender como isso podia estar acontecendo. Intelectualmente, sabia que estaria perdendo apenas “coisas”, mas, ainda assim, era tão difícil! O pensamento de perder minha casa dos sonhos – aquela que havíamos planejado e construído com as próprias mãos – era algo que eu mal podia suportar. Numa sexta-feira de manhã, achei-me de joelhos. (Gosto de orar num lugar especial do meu quarto.) Enquanto orava, olhei pelas portas corrediças de vidro e me maravilhei com a bela vista diante de mim. Morávamos junto a um lago, rodeado de colinas, e cada dia a cena era diferente. Eu gostava especialmente do pinheiro cuja copa apenas despontava acima da varanda quando construímos a casa, mas agora, muitos anos depois, estava alto, imponente e majestoso. Aquela manhã foi diferente. Eu não conseguia orar, e simplesmente fiquei ali, ajoelhada, chorando para desabafar. Sentia-me tão sozinha, tão assustada, tão confusa. Estava tão enredada no meu mundinho, que, ao olhar para fora, não via nada. Então, dei-me conta de que ocorria um tremendo vendaval. Que oportuno, pensei. Meu pinheiro de estimação se inclinava para um lado. Foi aí que notei um pardalzinho, agarrado à árvore para salvar a vida. A princípio, o pardal não me chamou a atenção; Deus sabia que eu precisava de uma ventania para me sacudir. Momentos depois de ver o primeiro pardal, vi outro, depois outro e, sim, havia um quarto. Todos eles resistindo à tormenta. Então entendi – um pardal para cada membro da minha família! Muito obrigada, Senhor, por me trazeres um lembrete de que estás no controle e de que posso Te confiar totalmente a minha vida. Graças Te dou pela paz que vem com o conhecimento de que sou tão preciosa para Ti como uma daquelas avezinhas. Não; muito mais preciosa do que os pardais. (Jill Rhynard).
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