Os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele. (Isaías 30:21);
Eu tinha um trabalho exigente, em tempo integral, e cuidava de minha mãe de 93 anos, que sofria da doença de Parkinson e de demência. Logo ficou muito difícil administrar a carga sozinha. Claramente, eu precisava fazer algo para aliviar a tensão esmagadora, mas o quê? Meu primeiro impulso foi pedir aposentadoria antecipada, mas eu sabia que essa era uma questão a considerar com cuidado. Eu teria uma perda substancial de entradas, se não esperasse pela aposentadoria plena. Continuei pesando os prós e contras dessa mudança. Teria condições de viver se me aposentasse antes da hora? E seria prudente não fazê-lo, com os sinais das enfermidades de mamãe tornando-se cada vez mais óbvios? Era um dilema. Por fim, falei com Deus acerca da situação. A princípio, decidi esperar um pouco mais antes de fazer qualquer coisa. Minha mãe ficava numa clínica e se sentia satisfatoriamente bem, e no trabalho eu cumpria minhas responsabilidades. Mas não podia me desfazer da impressão de que Deus queria que eu fosse em frente e preenchesse logo os papéis para a aposentadoria antecipada. Mas, considerando quanto eu perderia ao me aposentar mais cedo, continuei deixando para depois. “Está tudo bem”, dizia eu comigo mesma. “Com certeza, posso esperar um pouco mais.” Visto que não consegui me livrar da impressão, anunciei meu último dia trabalhando 40 horas por semana. Concordei em trabalhar três dias por semana, já que agora me seria permitido um número limitado de horas. Mas, não mais de 14 dias depois, tive que levar minha mãe às pressas para o hospital. Os médicos diagnosticaram um câncer do cólon em estágio quatro! Era tarde demais para qualquer tratamento, e a enviaram para casa, com atendimento hospitalar. Triste, ainda assim encontrei um lado animador nessa dolorosa experiência. Como eu passei a trabalhar por dia, meu novo horário me permitia a oportunidade de passar mais tempo com mamãe em seus dias finais. Algum tempo depois do funeral, olhei para os eventos pelos quais acabara de passar. Entendi, então, que eu verdadeiramente não sabia o que estava à minha frente, mas Deus sabia. Não posso imaginar o que teria acontecido comigo se não tivesse dado ouvidos ao meu Pai do Céu! (Arline Farquharson).
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