Naquele dia, será gravado nas campainhas dos cavalos: Santo ao Senhor; e as panelas da Casa do Senhor serão como as bacias diante do altar.( Zacarias 14:20, ARA).
O que pode ser mais comum do que panelas? Como podem panelas e caçarolas ser consideradas sagradas? O que dizer das campainhas dos cavalos? A resposta é: qualquer coisa dedicada ao Senhor, por mais que pareça comum ou rotineira, adquire novo atributo, é separada, pertence a Ele. Essa maneira de enxergar o mundo parece estranha à maioria das pessoas hoje. Crescemos acostumados a explicar o que acontece referindo-nos a causas naturais: terremotos e furacões, pragas e pestes. Os “atos de Deus” cederam lugar às descobertas da ciência. Vivemos numa era secular. Até mesmo as pessoas que frequentam a igreja tendem a viver seis dias como pessoas seculares e apenas em um dia da semana permitem que o sagrado influencie sua vida. Os adventistas do sétimo dia, que consideram o sábado um período sagrado, facilmente caem na mesma armadilha, por exemplo, ao se referirem ao pôr do sol de sábado como a transição do “período sagrado” para o “período secular”. A perda da percepção do sagrado na vida cotidiana é a raiz da religião superficial que se passa por cristianismo. Se Deus é o Senhor de tudo (e Ele é), nada está fora de Sua esfera de influência. Se Ele é o Senhor do tempo (e Ele é), o tempo – todos os sete dias da semana – pertence a Ele. Ao longo dos séculos, aqueles que caminharam com Deus sabiam e viviam essa verdade. Na Idade Média, surgiu um livro simples que se tornou um clássico: A Prática da Presença de Deus. Para o irmão Lawrence, autor do livro, ao realizar as tarefas humildes que lhe eram atribuídas, cada momento era sagrado, cada panela ou caçarola que lavava era santificada pela presença do Senhor. Ele compreendeu a verdade do texto de hoje, entendeu como a frase “Santo ao Senhor” pode ser escrita nas campainhas dos cavalos, como as panelas podem ser comparadas às bacias sagradas diante do altar no santuário. Meu amigo, você e eu estamos prestes a enfrentar mais um dia. Provavelmente nosso dia nos leve ao mundo, o mundo que não reconhece a Deus ou Lhe atribui o tempo do dia. Mas nós conseguimos fazer isso e devemos. Coloquemos nossas mãos nas dEle. Ele santificará cada momento vivido e cada tarefa realizada. (William Johnsson).
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