E passou diante de Moisés, proclamando: Senhor, Senhor, Deus compassivo e misericordioso, paciente, cheio de amor e de fidelidade, que mantém o Seu amor a milhares e perdoa a maldade, a rebelião e o pecado. (Êxodo 34:6, 7, NVI).
O sol brilhava através da janela. Seus raios dourados envolviam suavemente o sofá, convidando-me a sentar. Peguei meu livro, ajeitei uma almofada contra o apoio do braço e me estiquei. Em minha vida agitada, momentos como esse eram preciosos. Não demorou para que Benny, nosso gato, captasse a ideia e me fizesse companhia. Ele se remexeu, pulou, subiu para cima da minha barriga, enroscou-se e começou a ronronar. Um bom livro, sol brilhando e tempo para relaxar: a vida não podia ser melhor. Após uma longa e boa leitura e uma breve soneca, sentia-me relaxada. Estava pronta para encarar a cozinha e preparar uma refeição. O telefone tocou. Seríamos três para o jantar. Satisfeita e ainda desfrutando o resultado do meu maravilhoso descanso, entrei no quarto. Deveria fazer uma pizza? De repente, meu nariz e meus olhos foram assaltados por uma enorme mancha amarela de cheiro penetrante sobre o edredom limpinho. Uma raiva instantânea cresceu dentro de mim e explodiu como um vulcão. “Ainda mato esse gato!” gritei. A sensação gostosa de minutos atrás fora substituída por uma raiva incontrolável. Meu esposo escolheu esse momento infeliz para voltar para casa. A esposa calma havia sido substituída por uma lunática furiosa e agressiva, ameaçando matar “teu gato”. A tarde maravilhosa era, agora, uma lembrança distante. Tirei a roupa de cama enquanto fazia um comentário de passagem sobre meus sentimentos com relação ao criminoso felino e à aparente falta de compreensão do meu esposo quanto à gravidade da ofensa. Enfiei o edredom na máquina de lavar, liberando nos seus botões minha frustração. O jantar retromencionado virou uma refeição fora de casa. Um jantar cordial com amigos se tornou um discurso recheado de calúnias e ódio contra o gato. “Eu lhe contaria mais acerca de Benny, mas ele perdeu minha simpatia”, escrevi para uma amiga, dois dias depois. De repente, entendi. Deus nunca age dessa maneira comigo. A despeito dos meus pecados com cheiro penetrante e das manchas no meu registro, Jesus sempre me trata com amor, respeito e dignidade. Está sempre disposto a me perdoar. Ele me ama, apesar da minha imperfeição. Muito obrigada, Senhor, por Tua paciência comigo!( Maike Stepanek ).
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