Jesus, porém, não lho permitiu, mas ordenou-lhe: Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti. (Marcos 5:19).
O telefone está tocando. É um som familiar que programei para as ligações de Celeste. Corro, entusiasmada, para atender, e digo “Alô”. Nenhuma resposta. Meu coração dispara. Sei que a resposta deve ser que o exame deu positivo. Alguns momentos depois, sua resposta lacrimosa o confirma. Ela tem câncer de mama. Como pode um momento mudar a vida de uma pessoa? Enquanto ainda aguarda no consultório médico, ela me dá os detalhes, os fatos que acaba de saber. Estou chocada. Desliguei o telefone e me sentei ali, assimilando a informação. Ela estivera fazendo exames de um nódulo que encontrara na mama. Toda vez que mandava examiná-lo, ela me ligava para dar o resultado, sem imaginar que acabaria dessa maneira. Lembro-me de quando me mudei para o Tennessee. Eu sabia que era ali que eu devia estar, pois a guia de Deus fora clara. Mas foi triste o momento de deixar meus amigos, especialmente Shellie. Somos praticamente parentes. Quando me mudei para Tennessee, orei pedindo uma companheira do coração, uma alma gêmea, sem sonhar que o Senhor responderia a uma oração tão simples como essa. Não pensei nisso até conhecer Celeste. Era parecida com Shellie, mas em muitas maneiras, diferente. Ela tem sido uma grande amiga, confidente e apoiadora. Foi por isso que a notícia representou um golpe. Ela é como irmã para mim, e me dói o fato de que ela tenha que enfrentar essa batalha. Ela e eu nos divertimos muito juntas. Ela me apoia em toda atividade que eu decidir empreender, seja qual for, mesmo que ela não participe diretamente. Então, aqui estou na extremidade da linha telefônica, sentindo-me incompetente como amiga para enfrentar a tarefa. Ela se sairia melhor deste lado. Senhor, Tu sabes que eu amo Celeste, mas sei que a amas ainda mais. Por favor, sê com ela e conforta-a, e, se for da Tua vontade, cura-a. Por favor, guia meus atos e ajuda-me a ser a amiga que ela tem sido para mim. Muito obrigada pelos muitos, muitos amigos que me deste. Não permitas que eu aja de modo indiferente com nenhum deles. Amém! Mary M. J. Wagoner-Angelin
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