quarta-feira, 19 de março de 2014

"Ele ouve meu clamor!"


O Senhor ouviu a minha súplica; o Senhor aceitou a minha oração. Salmo 6:9


Minha filha se parecia com o pai, e eles eram muito próximos. Quando ele faleceu, poucas semanas após o segundo aniversário dela, a menina ficou arrasada. Chorava, ficava sempre perto de mim e não queria estar sozinha. Era como se ela temesse que eu também sumisse como o pai. As crianças choram por um bocado de coisas – pode ser por comida, conforto ou atenção. Minha filha chorava muito para receber minha atenção. Toda vez que ela chorava, esperava que eu dissesse "triste". Depois de eu dizer isso, ela parava de chorar.
Um dia, ela foi brincar com outras crianças no condomínio. Fiquei feliz por ela estar superando o trauma. Ficou lá por mais de uma hora, mas voltou para casa chorando e não sabia dizer o que acontecera. Várias vezes, eu repeti a palavra mágica, "triste", mas não funcionou.
Apalpei todo o corpo para descobrir se ela se havia cortado ou fraturado algum osso. Não achei nada que a fizesse chorar. Meus vizinhos vieram ajudar-me a consolá-la. Trouxeram brinquedos, biscoitos, chocolates. Ela continuava chorando. Depois eles saíram e fiquei sozinha com minha filha chorosa. Desesperada, eu lhe dei um analgésico. Ao cair da noite, ela estava exausta de tanto chorar e caiu no sono, mas vi que continuava agitada, mesmo dormindo. Ela se virava frequentemente de um lado para o outro, com um soluço. Isso era muito incomum. Eu havia tentado todos os truques e habilidades maternais que conhecia, sem resultado, de maneira que me ajoelhei para orar. Eu não tinha esposo para me dar o apoio necessário naquele momento, e assim clamei ao Marido de todas as viúvas. Clamei ao Senhor por auxílio, porque havia esgotado todas as opções maternas que conhecia.

Deus ouviu minha oração. Não consegui dormir depois de orar, e fiquei olhando atentamente a face da minha filha. De repente, algo me disse que devia olhar ainda mais de perto. Então minha atenção se voltou para o narizinho dela, e vi um pequeno objeto lá dentro. Eu não conseguia imaginar o que seria aquilo. Era quase meia-noite e eu não podia chamar o médico, de modo que decidi removê-lo eu mesma. Era um pedacinho de giz. Apliquei um unguento, e ela dormiu como um anjo durante o restante da noite.

É maravilhoso saber que Deus, que nos concedeu tão grandes e preciosas promessas, cuida realmente de nós. Ele nunca nos abandonará.

Taiwo Adenakan

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