terça-feira, 13 de março de 2012



Trazer o quê?


Esta é a confiança que temos para com Ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve. 1 João 5:14



Nossos anos de trabalho missionário haviam sido agradáveis e gratificantes, mas havia chegado o momento das férias longas, e aguardávamos com grande expectativa a visita à nossa família.


Andrew era um fiel nativo, coobreiro do meu esposo. Ao nos prepararmos para viajar, ele nos fez um fervoroso pedido: Poderíamos trazer-lhe alguns livros de Ellen White? Claro que podíamos. Seu pedido seguinte, porém, representava um verdadeiro problema. Andrew tocava acordeão e era o único responsável pela música na igrejinha da sua aldeia. Alguém havia furtado o acordeão e era impossível encontrar outro instrumento por ali. Poderíamos, por favor, trazer-lhe um acordeão? Isso nos afligiu. O preço do instrumento, em si, seria elevado, e a taxa de importação para trazê-lo ao país devia ser proibitiva. Não queríamos que ele contasse com algo que simplesmente não poderíamos providenciar.


“Bem”, disse ele, “vou ficar orando a respeito.”


Para sermos perfeitamente honestos, na roda-viva das atividades de férias, nos esquecemos da história do acordeão – até passarmos por uma escola onde havíamos trabalhado por vários anos. Durante a visita a uma querida amiga e professora, ela perguntou se conhecíamos alguém que soubesse tocar acordeão. Se conhecíamos! Senti um arrepio na espinha. Pensei comigo: Oh, vós outros, de pequena fé! Parece que alguém lhe havia dado um bom acordeão, mas ela possuía o seu próprio, e não precisava de outro. Andrew devia estar orando – não havia dúvida quanto a isso. Claro que o acordeão poderia ser acrescentado à nossa bagagem. Quanto à taxa de importação, Deus podia cuidar disso, e cuidou. O oficial da alfândega nos fez passar sem nenhum problema. Andrew ficou satisfeito, mas não surpreso demais quando lhe presenteamos com o acordeão. Ele acreditava na capacidade de Deus para responder às suas preces.


Que fortalecimento foi esse à nossa fé! Que lembrete de que Deus cuida das coisas pequenas! Assim, se algum dia nossa fé começar a vacilar por qualquer razão, quando parecer não haver resposta clara para os problemas da vida, lembremo-nos de Andrew e seu acordeão. Podemos sempre depender da resposta de Deus como sendo a certa, no tempo certo, seja ela “sim”, “não” ou “mais tarde”.


Martha Spaulding

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