quarta-feira, 14 de março de 2018

Outra vez no ônibus!

Quando o Filho do homem vier, encontrará fé na Terra? (Lucas 18:8).





Uma vez mais, eu estava em um ônibus com longas oito horas pela frente, antes  de chegar à cidade na qual trabalhava. Eu retornava de um feriado, no qual meu esposo e eu ficamos na casa de alguns amigos. Foi muito bom vê-los de novo e maravilhoso passar algum tempo com eles. Contudo, agora era hora de voltar para Vitória da Conquista.
Pouco depois de embarcar no ônibus, notei que o assento ao meu lado já estava ocupado. Olhando de lado, vi um rapaz alto e forte. Pensei: Como vou passar a noite perto desse indivíduo? A verdade é que julguei mal o rapaz porque, para mim, ele tinha uma aparência muito assustadora.
Após uma hora de viagem, o ônibus apresentou um problema, e tivemos que parar na área da Polícia Federal para aguardar outro ônibus. Dormi enquanto espe­rávamos o outro veículo. Duas horas depois, chegou o outro ônibus. Embarcamos nele e procuramos nossos assentos. Eu me preocupava com o atraso porque teria que começar o trabalho às 7 horas na manhã seguinte. Comecei a conversar com meu companheiro de assento. A princípio, falamos sobre nossas respectivas profissões, o ambiente, religião e, por fim, sobre nossa experiência espiritual. Fiquei impressionada com a jornada espiritual, os conflitos e a sinceridade do rapaz. Ele levava a sério seu relacionamento com Deus, pensava em seus erros e buscava a direção divina. Era uma ovelha perdida, querendo encontrar o aprisco do Pastor. Fiquei surpresa por estar conversando com um filho de Deus que ainda procurava por Ele.
Contei ao jovem um pouco do meu próprio retorno ao Senhor e o animei a não desistir. No fim da conversa, ele me agradeceu e disse que eu o havia ajudado.
No entanto, senti como se fosse eu a pessoa abençoada. Uma vez mais, Deus me fez lembrar de que Ele pode encontrar fé nos corações mais improváveis. Louvei a Deus silenciosamente pelo lembrete de que Suas ovelhas estão ao nosso redor e devemos ter consciência disso. Também pedi perdão por ter feito um julgamento precipitado, já que havia tirado conclusões sobre meu companheiro de viagem com base em sua aparência.
Na manhã seguinte, desembarquei antes do ponto final do ônibus. O jovem ao meu lado dormia, e eu não quis despertá-lo. Enquanto retirava minha bagagem, pedi que Deus continuasse guiando aquele rapaz - e outros - à segurança do redil, ao descanso e à paz. E Lhe dei graças por ser tão disposto a fazer isso, sempre.    (Iane Dias Leite).

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