terça-feira, 2 de julho de 2013

"Oração intercessora por familiares!"

George Müller praticava continuamente a oração intercessora. Orava pelos amigos, pelos não convertidos, por aqueles que estavam distantes do Senhor. Certa vez orou pela conversão dos três filhos de um conhecido. Após dez anos, o primeiro converteu-se. Continuou orando pelos outros dois. Quase dez anos depois o segundo aceitou Jesus. Persistiu orando pelo terceiro. Este se converteu pouco tempo depois da morte de Müller.
Orei pelo retorno de meu pai aos caminhos do Senhor por, aproximadamente, quarenta anos. Não é uma experiência simples ou fácil. É indispensável contínua perseverança, principalmente à medida que os anos vão se passando e, aparentemente, não se percebe nenhuma resposta ou sinal positivo de que a oração esteja “funcionando”.
Não é, porém, a quantidade de orações ou seu fervor que efetua alguma transformação no coração de um familiar. A oração não muda ninguém. Quem faz o milagre é Deus, Aquele que ouve e responde nossas precárias preces. Por isso, Ele sabe exatamente qual é o melhor momento para que uma súplica seja atendida.
Deus é o maior interessado na salvação de meu pai, demais familiares, enfim, de cada ser humano. Ou seja, basta que eu apresente o assunto ao Trono do Eterno. Vou mais longe: por meio da oração intercessora “autorizo” a atuação divina na vida de alguém que, a princípio, não dá essa abertura. E, sem essa franquia, Deus não pode agir. Não porque não tenha poder para isso, apenas porque Seu amor é tão grande que Ele não pode fazer outra coisa senão respeitar o livre arbítrio de Suas criaturas.
Em setembro de 2010 tive a alegria de batizar meu pai, já em uma cadeira de rodas por causa de um acidente. Seu retorno à casa do Pai celestial foi, sem dúvida, a resposta a orações de muitas pessoas. No tempo dEle e do jeito dEle, o milagre aconteceu!
Um dos exemplos mais marcantes e dramáticos de uma oração intercessora aconteceu no Monte Sinai, após a saída de Israel do Egito. Enquanto Moisés recebia a lista de ordenanças e orientações do próprio Deus, o povo lá embaixo caía vergonhosamente em pecado de idolatria, com a conivência do próprio Arão, irmão mais velho de Moisés e que ocupava uma função de liderança.
Observe quão grande era a responsabilidade do líder de Israel: “Tive medo da ira e do furor do SENHOR, pois Ele estava irado ao ponto de destruí-los, mas de novo o SENHOR me escutou”. O SENHOR irou-se contra Arão a ponto de querer destruí-lo, mas naquela ocasião também orei por Arão (Dt 9:19-20 NVI, grifo acrescentado). Que quadro tremendo! Moisés intercedendo pelo povo e, especialmente, por seu irmão. Percebeu como Deus reagiu à oração de Moisés? Ele a ouviu e a considerou importante.
Orar pelos outros é mais do que um privilégio, é uma obrigação! E deixar de fazer isso é pecado! Antes de morrer, o velho profeta Samuel declarou: “… longe de mim esteja pecar contra o SENHOR, deixando de orar por vocês” (1 Sm 12:23, NVI). Somos convocados por Deus a pregar o evangelho, as boas novas da salvação. Isso implica amar e também orar pelos candidatos à vida eterna. E o cumprimento dessa missão deve começar pelos mais próximos, os nossos familiares.
Nas minhas madrugadas tenho orado por uma lista especial de familiares, tios e primos, especialmente, que estão afastados do Senhor. Quero vê-los salvos e desfrutando da eternidade. Não tenho a menor dúvida de que essa é também a vontade do Pai. Compete a mim orar por eles, interceder para que nesse dia o Espírito Santo atue poderosamente na vida de cada um, fazendo-os sentir a necessidade do regresso. Não me preocupa quando acontecerá. Isso é com Deus.
Provavelmente você também tenha uma lista de queridos que deseja ver no céu e na nova terra restaurada. Por isso, quero desafiá-lo a orar por eles todos os dias, a apresentar continuamente, como um incenso perfumado, nome por nome, caso por caso, situação por situação.
Para que isso aconteça de forma prática, nas próximas páginas você poderá anotar o nome de cada um desses queridos que não podem ficar de fora da vida eterna. Anote a data, o nome, o parentesco e, à medida que Deus for respondendo suas orações, escreva a data em que sua prece foi atendida.
Comece com os de casa, os mais próximos. Vamos lá?
(Este é um dos capítulos do livro “Minha Vida de Oração“, de Amilton Menezes)


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