domingo, 3 de março de 2013

"Que Ele cresça e eu diminua!"

Hoje quero estudar com você uma profecia do evangelho de Marcos. Foi proferida por João Batista, filho de Zacarias e Isabel. Quando João nasceu, os pais já eram idosos, por isso foi recebido como um milagre de Deus. João “nasceu na região montanhosa da Judéia, onde também passou os primeiros anos de sua vida. Isabel, sua mãe, era prima de Maria, mãe de Jesus. João Batista era a voz do deserto, que conclamava os homens ao arrependimento para que se voltassem para o Cristo, o cordeiro de Deus. Foi o Batista quem preparou o núcleo inicial dos discípulos de Jesus, os quais, finalmente, se tornaram seus seguidores, quando chegou o tempo apropriado. A pregação de João tinha como ênfase principal a necessidade de arrependimento, e a breve inauguração do reino de Deus na terra, e o iminente aparecimento do Messias, que haveria de julgar, purificar o povo de Deus. João desenvolveu o seu ministério além do vale do Jordão. Ele pregou o batismo do arrependimento em Enom, perto de Salim, onde havia muita água para imergir os novos conversos. Depois João retornou ao território governado por Herodes Antipas, provavelmente a Peréia. Acabou despertando a hostilidade de Herodes ao denunciar o casamento ilícito dele com Herodias, porquanto era esposa de um irmão dele. Por esse motivo João foi encarcerado na prisão Maquero, na Peréia” (Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia vol.3 pg.550). “Nas maneiras e no vestuário, assemelhava-se ao profeta Elias. Com o espírito e poder deste, denunciava a corrupção nacional e repreendia os pecados dominantes. Suas palavras eram claras, incisivas, convincentes. Muitos acreditavam que fosse um dos profetas ressuscitados. Toda a nação se comoveu. Multidões iam ao deserto” (O Desejado de Todas as Nações pg.91). Pessoas de todas as classes sociais iam ouvir a pregação de João. Príncipes, soldados, publicanos, camponeses, todos queriam conferir o discurso que fazia. A mensagem de João era de arrependimento, e os que a aceitassem deveriam ser batizados nas águas. A profecia de João aconteceu neste contexto. Declarou: “Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, ao qual não sou digno de, abaixando-me desatar a correia das suas alparcas” (Marcos 1:7). “Jesus e João eram primos, todavia, não haviam tido nenhuma comunicação direta um com o outro. A vida de Jesus fora passada em Nazaré, na Galiléia; e a de João no deserto da Judéia. Em ambiente grandemente diverso, tinham vivido separados, e não se haviam comunicado entre si” (O Desejado de Todas as Nações pg.95). A profecia de João apontava para um momento quando o Messias iria se manifestar de forma pública. Com toda a certeza Ele tinha ouvido falar da vida de Jesus. Também conhecia com detalhes a história do nascimento, da fuga para o Egito, e do momento glorioso que o primo havia vivido aos doze anos no templo em Jerusalém. Porém, por alguma razão, nunca haviam se encontrado antes. Com certeza Deus estava preparando João para que no momento certo reconhecesse o Messias e O apresentasse ao povo. Um dia João pregava, como de costume, às margens do Jordão, e Jesus se aproximou e pediu o batismo, como tantos outros já haviam feito anteriormente. João, porém, não podia concordar com aquele pedido. Ele, um pecador, batizar um santo. Ele não era digno de tal ato. Jesus, após insistir com João, foi batizado. João foi o maior de todos os profetas. Ele profetizou sobre o Messias, e agora teve a oportunidade de batizar o próprio filho de Deus. Privilégio este do qual ele se considerava indigno. Na ótica de João, ele não tinha condições nem de desatar as correias das sandálias de Jesus. Esta era a sua forma de ver, mas não era a forma como Jesus via. Coube a João a tarefa de anunciar o Messias para a multidão que assistia seus sermões. Já o batismo de Jesus foi por nossa causa, e não porque Ele precisasse. Ele nos deixou no caminho para a salvação. O batismo era um ato de purificação para os judeus. Jesus, ao ser batizado, não estava dizendo que precisava da água para se purificar, pois sempre foi puro, mas o fez para servir de modelo, de exemplo para todos nós. Um batismo essencialmente bíblico. Imergindo completamente na água. Interessante é o que acontece depois. Alguns dos discípulos de João começaram a seguir o Messias, e o anonimato começou a tomar conta do Batista e de alguns que ainda estavam com ele. Os discípulos que restaram com João começaram a ter inveja de Jesus. Foi então que João disse: “É necessário que Ele cresça e eu diminua” (João 3:30). João sabia o seu papel. Sabia a extensão da missão que viera desempenhar. Ele não era o Messias. Apenas o que O anunciaria. Prepararia o caminho. João queria que a fama de Jesus crescesse. Não a dele. João fora submisso ao plano de Deus. Executou-o com maestria e perfeição. Da fama para o anonimato. Sem reclamar ou reivindicar qualquer coisa. Grande lição para todos nós, não é mesmo? Somos apenas instrumentos de Deus nesse mundo. Não é a nossa luz que deve brilhar. Jesus, em tudo e em todos deve ser o primeiro. O máximo que podemos fazer é refletir a luz que vem dEle e, como vasos humildes, cumprir a missão que Ele nos encarregou. Creia em Deus para estar seguro. Creia nos profetas dEle para prosperar. (Amilton Menezes).

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