segunda-feira, 5 de novembro de 2012

"Irmãzinha!"

 E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. (Apocalipse 21:4).

 Estou sentada na mesma igreja em que, apenas cinco meses atrás, assisti ao casamento da minha irmã mais nova, Bárbara. Foi ótimo vê-la se casando e reencontrar o restante da família. Fazia tempo que eu não voltava para meu estado natal, a Califórnia. Mas agora, aqui estou de volta, e não pelo motivo feliz que me trouxe antes. Lembro-me vividamente do dia em que Bárbara me contou que seu esposo havia falecido. Ainda não consigo acreditar. Mas, sim, preciso acreditar. Aqui estou, no seu funeral, com a família e os amigos. Olho ao redor e vejo muitos rostos conhecidos, pois a maioria das pessoas no funeral assistiu ao casamento. Sentada ao meu lado está Bárbara. Sua tristeza vai além das palavras. Seu futuro, sem dúvida, trará mais sofrimento, já que ela enfrenta desafios financeiros e outros. Isso me faz pensar em meu esposo. Quantas vezes fui ríspida com ele ou me dirigi a ele com palavras não tão positivas. Eu tenho meu marido, e agora tudo o que minha irmã tem são lembranças do curto período que ela e o esposo passaram juntos. Muitas vezes, consideramos como um direito adquirido as bênçãos que Deus nos dá. Sejam bens, sejam pessoas, tendemos a ser menos do que bons mordomos daquilo que Ele coloca sob nosso cuidado. Hoje é um dia muito triste para mim e minha família, mas com ele aprendo algumas lições. Primeira, fico agradecida porque minha família pôde assistir ao casamento. Quase não viemos devido a razões financeiras. Mas teríamos perdido uma parte importante e feliz da vida de minha irmã. Deus é impressionante! Ele pensa nas pequenas coisas que podem se tornar importantes no futuro. Segunda, tenho procurado ver meu esposo sob uma luz diferente. Não me entenda mal. Ele é um bom homem, mas até um homem bom tem coisas que incomodam a esposa – como deixar abertas as portas do guarda-louça, roupas espalhadas por toda parte, se esquecer de buscar as crianças, e a lista continua. Sob as circunstâncias presentes, tudo isso parece tão pequeno! Assim, hoje, reconsagro minha vida a Deus... e ao meu esposo, aguardando mais aventuras com ambos. Testemunhei a alternativa, e ela é de cortar o coração. Por favor, Senhor conforta minha irmã. Mary M. J. Wagoner-Angelin.

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