Pois a quem tem, mais será dado, e terá em grande quantidade. Mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado. (Mateus 25:29).
Há cerca de 2.400 anos, um jovem artista grego talentoso chamado Timantes estudou com um respeitado tutor. Depois de vários anos, os esforços do professor pareciam ter valido a pena, pois Timantes pintou uma esplêndida obra de arte. Infelizmente, ele ficou tão fascinado com a pintura que passou dias contemplando-a.
Certa manhã, ao chegar para admirar sua obra-prima, encontrou-a toda manchada de tinta. Chocado e furioso, foi falar com o mestre, que admitiu ter destruído a pintura. "Fiz isso para o seu próprio bem. Aquela pintura estava atrasando seu progresso. Comece de novo e veja se você pode fazer melhor." Timantes aceitou o conselho do mestre e produziu Sacrifício de Ifigênia, considerada uma das mais sensacionais pinturas da antiguidade. Uma possível cópia dessa obra foi descoberta em Pompeia. Na mitologia grega, Ifigênia era descendente de Zeus e filha de Agamenon, líder das forças gregas em Tróia.
Outro fato parecido ocorreu séculos mais tarde, na época da Renascença, e envolveu Bertoldo di Giovanni. Se você nunca ouviu falar desse nome, não se preocupe. Você vai reconhecê-lo se eu disser que ele foi aprendiz de Donatello, o maior escultor de seu tempo, e professor de Michelangelo, o maior escultor de todos os tempos. Michelangelo tinha apenas 14 anos quando procurou Bertoldo, mas já mostrava enorme talento. Bertoldo percebeu que as pessoas geniais também precisam de incentivo para crescer e passou a desafiar o jovem prodígio.
Certo dia, Bertoldo chegou ao estúdio e lá estava Michelangelo se divertindo com uma escultura, mas criando arte abaixo de sua habilidade. Bertoldo pegou um martelo e transformou a obra em pedacinhos, gritando: "Michelangelo, talento é fácil; dedicação é difícil!" O que ele queria dizer é que a pessoa não precisa de esforço para ter talento, mas precisa de disciplina e trabalho para exercer e aperfeiçoar o talento.
No livro Desafiando o Talento, Geoff Colvin demonstrou que o talento não é o fator mais importante na vida das pessoas que se destacam. Para o sucesso real, além do talento e do contexto familiar/social favorável, é necessária a prática intencional. A pessoa, deliberadamente, tem que se concentrar e procurar aperfeiçoar o talento.
No reino de Deus, como demonstra a parábola de Jesus, a aprovação não vem pela quantidade inicial de talentos, mas pelo esforço no uso deles e o resultado final. Que Deus o ajude a aperfeiçoar sua capacidade, multiplicar seus talentos e alcançar seu potencial máximo! (Um olhar Para o Céu - Marcos de Benedicto).
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