sábado, 8 de julho de 2017

"!Intervenção!"

O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta. [...]. Preparas um banquete para mim à vista dos meus inimigos. Tu me honras, ungindo a minha cabeça com óleo e fazendo transbordar o meu cálice. (Salmo 23:1, 5).






Meu pai faleceu quando eu tinha apenas 6 anos, deixando também meus irmãos de 2 e 4 anos. Como cristã recém-convertida, minha mãe se recusou a seguir o costume africano de se tornar a segunda esposa do meu tio. Consequentemente, ela foi afastada da família do meu pai e forçada a procurar emprego na cidade. Meu tio, irmão do meu falecido pai, recusou-se a permitir que ela nos levasse junto.

Minha tia era uma mulher ríspida, de coração duro, que tratava meus irmãos e a mim como escravos. Durante a estação chuvosa, ela nos acordava à 1 hora da madrugada para que saíssemos e cuidássemos do jardim dela antes de irmos para a escola. Por volta dos 12 anos, eu era a cozinheira e arrumadeira de uma família composta por 9 pessoas – sem permissão para me queixar ou pedir ajuda. Quando mamãe vinha para uma visita, minha tia nunca nos permitia ficar a sós com ela, para que não lhe revelássemos nossa tribulação. No fim de cada visita, mamãe cantava e orava conosco. Isso causou uma forte impressão sobre mim. Meu hino favorito, que ela cantava, era “Mais de Cristo”. Toda vez que me sentia esmagada pelas circunstâncias dolorosas da vida, esse hino – e o Jesus sobre o qual cantávamos – se tornava o meu conforto.
Problemas políticos forçaram a família do meu tio a mudar para a cidade, permitindo que eu fosse por fim morar com minha mãe (embora não meus irmãos), enquanto meu tio pagava minhas despesas escolares. Minha tia achava que eu nunca seria alguém. Você pode imaginar sua consternação quando passei em todas as matérias, obtendo um certificado, enquanto a filha dela passou em apenas uma matéria. Furiosa, minha tia mandou dizer que logo me obrigaria a retornar para o trabalho no campo. Passei a noite toda clamando a Deus para que me libertasse daquela servidão. Na manhã seguinte, uma forte impressão da parte de Deus me levou a 60 quilômetros de distância, para uma escola, em busca de trabalho como professora de nutrição. Eu tinha apenas meu boletim. Das três candidatas na fila (as outras duas tinham certificados na mão), eu fui a contratada! Quando minha tia chegou para me levar de volta, ficou enraivecida ao saber que eu estava lecionando, a 60 quilômetros de distância. Que intervenção de Deus! Eu nunca mais estaria sob o controle dela.
Satanás tem mantido você em algum tipo de servidão ou “na presença” de algum inimigo? Jesus está com você nessa situação. Empenhe-se em conhecer realmente o Bom Pastor. No tempo dEle e por Seus meios, você experimentará uma intervenção, ao ungir Ele a sua cabeça com a genuína liberdade.
(                                                                                (Nokuthula Maphosa-Mutumhe).

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