terça-feira, 13 de maio de 2014

"Onde está minha benção Senhor!"


O Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; [...] e te dê a paz. Números 6:25, 26, ARA

Enquanto eu abria a porta para sair do sanitário das mulheres na igreja, minha personalidade geralmente fleumática teve o desejo de dar um soco na barriga da mulher grávida que vinha entrando. Pouco tempo antes, minha solícita mãe me havia dado um livro sobre a mulher casada e sem filhos. Essa era eu. Por seis anos, eu vivera um casamento sereno com um marido amoroso – sem filhos. Agora, sentia raiva porque meus sonhos da vida toda quanto a ser "mamãe" não haviam dado em nada. Por que ela? Por que não eu? Por que ela está grávida e eu não?

Minha cunhada deu à luz sua terceira bênção com o comentário: "Achávamos que não poderíamos ter mais filhos, mas o Senhor nos abençoou." Onde está a minha bênção, Senhor? Minha irmã teve seu segundo filho, "um acidente", como ela disse. Senhor, não precisa ser uma "bênção". Um "acidente" já serve.

Um "acidente" nunca aconteceu. Em lugar disso, tivemos duas bênçãos miraculosas. Hoje, olho para nosso casal de filhos crescidos e me lembro dos abundantes e generosos milagres de Deus. O Credo da Adoção diz: "Não é carne da minha carne, nem osso dos meus ossos, mas, ainda assim, é miraculosamente meu. Nunca se esqueça, nem por um minuto: você não cresceu embaixo do meu coração, mas dentro dele." Tínhamos todas as características da família perfeitamente fabulosa que viveria feliz para sempre.

Graças a Deus, agora vivemos felizes por causa de um Deus que nunca falha. Os anos foram borrados com desafios no jardim da infância, conversas desagradáveis com diretores de escolas, escolas de modificação do comportamento, recepções gélidas às nossas visitas ao internato, mau uso da dádiva de uma educação universitária paga integralmente, noites insones orando pelo jovem "lá fora". Vivendo felizes? Deus nos deu esses lindos pequenos por ocasião do seu nascimento. Ele nos aceitou como parceiros para criar dois de Seus preciosos filhos. Às vezes, a luta era intensa. Sua graça foi sempre suficiente. Em meio a lágrimas e abundante alegria, o ilimitado amor de Deus se entretecia com tudo.

Deus não respondeu à minha raiva do modo como pedi; Deus tampouco respondeu à minha oração pedindo crianças dóceis. A Ele, toda a glória pelos telefonemas frequentes, pelas visitas programadas ou de surpresa, e pelos muitos momentos de comunhão que agora passamos com os nossos filhos adultos.

Sandy Colburn

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