quinta-feira, 14 de novembro de 2013

"Gorda, velha e bonita!"




Mas, quando der um banquete, convide os pobres, os aleijados, os mancos, e os cegos. Feliz será você, porque estes não têm como retribuir. Lucas 14:13, 14


Minha neta de 12 anos é fã do programa de televisão America's Top Model, e eu não percebera, até recentemente, a extensão da influência do programa sobre a sua maneira de pensar. Enquanto assistia ao programa na minha casa, ela pediu que eu assasse alguns biscoitos com gotas de chocolate. Recusei, com a desculpa de que estava fazendo regime.

– Você não devia fazer regime – repreendeu-me ela –, porque as avós devem ser gordas quando ficam velhas!

Dei risada e disse: – O vovô não gostaria de me ver gorda!

– Por que o vovô iria se importar? – perguntou ela. – Só as meninas novas e magras devem se preocupar com isso. Sendo assim, bem que você podia fazer uns biscoitos para mim!

Os comentários dela não são um indicativo de como o mundo valoriza a beleza? Nós valorizamos a beleza porque ela frequentemente traz distinção, poder, dinheiro e prestígio. Quantas de nós contemplamos as modelos e atrizes, e ansiamos por uma aparência como a delas? Aí achamos que precisamos nos esforçar muito para ficar à altura – ou então, sentir-nos totalmente indignas! Vamos encarar o fato: nossa autoconfiança e nosso valor próprio estão muitas vezes ligados à aparência. Nós, mulheres, tendemos a atribuir um valor mais elevado a pessoas de boa aparência. Como chegar ao ponto de parar de medir-nos uns aos outros pela aparência, distinção, poder, dinheiro e prestígio, e começar a medir-nos e valorizar-nos pelo padrão de Deus?

Alguns anos atrás, um seminário teológico estava procurando um novo diretor. Mais de 100 candidatos se apresentaram para o cargo, e a comissão reduziu a lista a cinco pessoas igualmente qualificadas. Então alguém sugeriu que enviassem uma pessoa às instituições onde cada um dos cinco finalistas trabalhava e entrevistasse o zelador de cada lugar, perguntando-lhe o que achava do candidato ao cargo. Isso foi feito, e um zelador fez uma avaliação tão vibrante de William McElvaney que ele foi escolhido diretor do Seminário Teológico St. Paul. Naquela comissão de avaliação, alguém, num lampejo de gênio, entendeu que as pessoas que vivem junto a Cristo se tornam tão seguras em Seu amor que não mais se relacionam com outras pessoas de acordo com aparência, distinção, poder ou dinheiro. Tanto os porteiros quanto os governadores são tratados com igual dignidade. E nunca se importam de não corresponder à ideia de beleza da indústria da televisão!

Ellie Green

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