quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012


O ursinho de pelúcia



Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. 2 Coríntios 5:17



Uma foto tirada no meu primeiro aniversário me mostra sentada sobre uma mesa, rodeada por vasos cheios de rosas. Meu primeiro ursinho, Tobby, está sentado ao meu lado.


Esse ursinho era feito da pele amarelo-claro de cordeiro e tinha lindos olhos parecidos com botões. Ele virava a cabeça. Tobby me acompanha ao longo da vida toda, mas nem sempre o tratei com bondade. Lembro-me de uma briga com meu amado irmão mais velho, ocasião em que bati nele com o ursinho. Bati com tanta força que a cabeça de Tobby ficou nas minhas mãos, enquanto o corpo voou. Levei Tobby para minha mãe, que costurou a cabeça no lugar. Agora ele tem a cabeça rígida. Também descobri a tesourinha para unhas dos meus pais e cortei todo o pelo de um braço. Ninguém me havia contado que o pelo não cresceria de novo.


Então, um dia, meu pai me trouxe um urso grande. Fiquei apaixonada por esse novo urso. O pobre Tobby era antiquado demais, comparado com ele.


Não me lembro de quando passei o novo urso adiante, mas ainda conservo o Tobby. Ele ficou muitos anos numa caixa, no porão, mas eu o recuperei, lavei e escovei, e agora vejo que ele não tem uma aparência tão ruim, afinal.


Aprendi três coisas com meu ursinho. Primeira: assim como Tobby, Deus nem sempre teve a prioridade na minha vida. Ele também quase foi expulso do meu coração. Preciso decidir todos os dias: Quero viver este dia com Deus? Quero amá-Lo de todo o coração? Está Ele tão perto de mim, a ponto de eu poder confiar nEle, aqui e agora? Deus deseja estar perto de nós. É minha decisão colocá-Lo em algum canto da minha vida ou viver cada dia com Ele.


Segunda: Mesmo como um pobre ursinho de pelúcia, com um braço depilado e a cabeça rígida, Deus me ama e não desiste de mim. Nunca me jogou no lixo, embora às vezes, provavelmente, eu o tenha merecido.


Por fim, em nossa vida diária, nós encontramos muitos Tobbys que foram maltratados, que têm cicatrizes na alma. Com frequência, sofreram maus-tratos e foram colocados em algum canto por aí. Mas são importantes para Deus. Amar a Deus significa amar todas as pessoas que são importantes para Ele.


Jesus deseja mudar-nos para que nos tornemos mais semelhantes a Ele. Deixaremos que Ele nos transforme?


Hannele Ottschofski

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