domingo, 18 de dezembro de 2011



O Jesus que Eu Amo

Sua mãe, porém, guardava todas essas coisas em seu coração. Lucas 2:51, NVI


Quando penso em Jesus, vejo na imaginação uma humilde manjedoura, feita de modo rústico e simples, cheia de palha. Sem cobertores de lã, como os berços costumam ter. É evidente que as manjedouras não se destinam a bebês humanos.


Ouço distintamente a mãe bovina chamando seu bezerrinho, vejo o jumento espantando uma mosca com a cauda, e uma vaca lançando um olhar curioso sobre a manjedoura, espiando o pequenino estranho ali deitado. Então, localizo uma querida e jovem mãe olhando para seu primogênito com ternura, verificando se, apesar de Sua santidade, não Lhe está faltando nada.


Enquanto ela toca os minúsculos dedos, um pensamento repentino surge em minha mente. Acreditaria ela que no futuro Ele curaria tantos enfermos, faria com que tantos coxos andassem novamente e os cegos enxergassem? Imaginaria ela quanta sabedoria sairia de Seus santos lábios, e quantas vidas Ele abençoaria?


Mas outro pensamento me faz tremer. Se alguém contasse a Maria, acreditaria ela que aquelas mesmas mãos delicadas seriam um dia perfuradas por pregos cruéis? E, beijando a inocente testa, acreditaria ela que uma coroa de espinhos seria pressionada sobre Sua cabeça, fazendo o sangue correr pelo corpo?


Beijando o rosto do bebê, acreditaria que num momento de agonia, no futuro, Ele chegaria a bradar: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?”


Enquanto Maria acariciava aqueles pequeninos pés, jamais passaria por sua cabeça que, um dia, o sangue correria daqueles pés a fim de salvar Seus filhos da morte eterna. E, olhando para aqueles olhos inocentes, teria ela pensado alguma vez a quantos pecadores concederia Ele o perdão em Seu curto período de vida?


Quando vejo mentalmente aquelas mãos, sinto Seus braços me abraçando, enquanto Ele diz: “Vem a Mim, filha, e te darei descanso!”


Esse é o Jesus a quem amo. Esse é o Deus a quem adoro, o Senhor que me conduziu em meio a muitas provas e tribulações, o Jesus que virá em breve levar-nos para o lar.



Charlotte de Beer

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