domingo, 15 de agosto de 2010





A Lição de Carolina


Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a Mim. Mateus 19:14



O Sol escaldante havia brilhado tempo demais, cobrindo a área com uma sufocante umidade que sugava o oxigênio do ar. Uma rápida passagem pelo Taco Bell proporcionaria a mim e às minhas duas netas um alívio do calor. Eu sentia o sangue ferver, enquanto lutava para colocar o cinto de segurança na pequena Carolina, de 4 anos de idade. Quando terminei de acomodá-las à mesa, eu suava profusamente e comecei a me sentir enjoada.


– Carol – disse eu –, cuide da sua bebida para não derramar.


Tarde demais. O suco se derramou da cadeira dela como uma cascata, formando uma poça vermelha no chão. Olhei para ela, e ela também parecia sentir calor e desconforto. Rapidamente, peguei alguns guardanapos da mesa e me inclinei para limpar a sujeira.


– Aqui, deixe-me limpar a bagunça que você fez.


Enquanto eu me perguntava como Carol havia conseguido derramar a bebida antes de tomar o primeiro gole, ela indagou em voz baixa:



– Vovó Amy, quando você era pequeninha como eu, você nunca derramou sua bebida?


Sem olhá-la nos olhos, respondi: – Sim, muitas vezes. – Mas não se tratava de uma resposta à pergunta dela, pois enquanto me colocava de joelhos para limpar a sujeira, pude ver claramente Jesus limpando a minha, e meu coração se partiu. Ele Se inclina aos nossos pés e diz, com a maior gentileza: “Aqui, deixe-me limpar a bagunça que você fez com sua vida.” Vez após vez, Ele Se ajoelha amorosamente aos nossos pés, e Seu sangue, como uma cascata, se derrama ao pé da cruz, limpando-nos da culpa dos nossos pecados.

Voluntariamente, bebeu do nosso cálice, para que pudéssemos desfrutar os deleites da Sua justiça.


Entreguei a Carol meu copo cheio, só para receber o seu copo vazio. Meu amor por aquela garotinha me saciou a sede. Sua lição me aqueceu o coração. Jesus Se deleita em trocar Sua justiça por nossos trapos de imundície. É Seu amor por nós que O mantém aos nossos pés, especialmente satisfeito quando aceitamos o oferecimento de Seu cálice de misericórdia infinita. Ele sabe que nós, como criancinhas, temos tanta ansiedade de provar os prazeres do mundo que, na pressa de beber, bagunçamos tudo.


Amy Smith Mapp

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