segunda-feira, 24 de maio de 2010
Para Onde Iremos?
Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Mateus 11:28.
Aqui estou eu, sentada num banco de cimento, em alguma praça na frente de alguma igreja. A noite é chuvosa, e agora o relógio mostra que faltam alguns minutos para a meia-noite. A chuva lá fora diminuiu, mas está chovendo aqui dentro – uma chuva de queixas, dúvidas, incertezas, insegurança e desgosto. Medo de enfrentar o futuro. Para dizer a verdade, o que tenho é uma tormenta dentro de mim. Por vezes, parece que vou me afogar.
Por que sou tão vulnerável? Onde está minha autossuficiência? Sinto uma atração incrível por coisas difíceis, impossíveis, singulares. Gosto de desafios; contudo, aqui estou, sentada neste banco de praça, como se não tivesse um lugar aonde ir, mas ainda assim consciente de que preciso ir. Embora o Sol não apareça, embora a água transborde, preciso ir.
Existe alguém que me entenda? Preciso ir, mas para onde? Para a segurança de um lar feliz? Isso existe? Para um lugar de paz e conforto? Onde encontro isso? Para os braços de alguém que me ame mais do que a própria vida? Isso me faria feliz? Iria para a vida agitada daqueles que aproveitam cada segundo da existência em orgias e prazeres? Aqui, dentro de mim, existe apenas um mar de lágrimas. Afinal de contas, viver para quê?
Quando não encontro solução para nenhuma dessas alternativas, quando o vazio continua no coração que já experimentou de tudo, quando me decepcionei com tudo e não mais desejo viver, preciso admitir que Cristo, naquela cruz, é a única coisa que me motiva a prosseguir. Vou em frente a despeito das tempestades de verão, que temporariamente cobrem de nuvens o brilho da minha vida.
Sem o Sol, a natureza morre; sem Cristo, a esperança desaparece. Ele é o Sol da Justiça, o Sol que me aquece!
As multidões vão de um lugar para outro, com pressa de chegar aonde cheguei. Mas tenho certeza de que não chegaria a lugar nenhum se não houvesse reconhecido a Cristo como o caminho único. Eu não sabia que era inútil correr pelos caminhos do mundo, até que o temporal chegou e precisei segurar-Lhe a mão, que sempre esteve lá, estendida para mim. É mediante a graça do Pai que podemos andar de mãos dadas com Jesus durante as tormentas da vida!
Judete Soares de Andrade
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