segunda-feira, 31 de maio de 2010


Mães em Israel

Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder [...] a fim de instruírem as jovens. Tito 2:3, 4.

Lembro-me de que, enquanto eu crescia na igreja, havia certas mulheres idosas em nossa congregação que eram chamadas “mães em Israel”. A coisa da qual mais me recordo acerca dessas mulheres era que todos os membros da igreja, jovens e idosos, lhes demonstravam grande respeito. Seu conselho era procurado por mulheres mais novas.

Como jovem, era difícil entender quão importantes eram essas mulheres na vida de nossa igreja. Mas, quando cresci e me tornei esposa e mãe, comecei a entender o papel importante delas em minha vida.

Através dos anos, tem havido bom número de mulheres que passaram a ser as minhas “mães em Israel”. Cada uma delas foi um exemplo para mim, uma conselheira e mestra – alguém que me amava e revelava compaixão, e às vezes era capaz de se identificar com minhas lutas, porque havia percorrido aquele caminho antes. Essas mulheres dedicaram tempo para me contar sua própria experiência, abrir o coração e falar da sua dor. Elas ajudaram a me tornar a mulher que sou hoje.

Paulo dá conselho às mulheres de mais idade em nosso meio. Ele diz que essas mulheres devem ser exemplares no comportamento, e que devem instruir as mais jovens. A cada ano que passa, vejo-me ficando mais idosa e a pergunta que me faço é: Será que me tornarei uma “mãe em Israel” e terei que esperar até ficar velha e grisalha para fazer isso?

Concluí que já sou mais “velha” desde os meus vinte e poucos anos, quando descobri que, para as adolescentes, eu era considerada velha. Mas a questão real é se tomei tempo ao longo dos anos para aconselhar ou ajudar minhas irmãs mais jovens, ao enfrentarem os muitos desafios da vida. A resposta é “sim”, mas tenho demonstrado mais essa intenção de auxiliar desde que entrei na faixa dos 40 anos. Agora estou vivendo minha quinta década. Mas isso não me levou a sentir que não preciso mais ser aconselhada.

Creio que Deus chama as mulheres a serem “mães em Israel” para as irmãs mais jovens. Isso requer tempo e paciência, mas as recompensas são muitas, ao vermos essas preciosas flores desabrocharem e se tornarem as mulheres que Deus pretende que se tornem. Você também assumirá o desafio?

Heather-Dawn Small (Meditação da Mulher).


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segunda-feira, 24 de maio de 2010


Para Onde Iremos?

Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Mateus 11:28.

Aqui estou eu, sentada num banco de cimento, em alguma praça na frente de alguma igreja. A noite é chuvosa, e agora o relógio mostra que faltam alguns minutos para a meia-noite. A chuva lá fora diminuiu, mas está chovendo aqui dentro – uma chuva de queixas, dúvidas, incertezas, insegurança e desgosto. Medo de enfrentar o futuro. Para dizer a verdade, o que tenho é uma tormenta dentro de mim. Por vezes, parece que vou me afogar.

Por que sou tão vulnerável? Onde está minha autossuficiência? Sinto uma atração incrível por coisas difíceis, impossíveis, singulares. Gosto de desafios; contudo, aqui estou, sentada neste banco de praça, como se não tivesse um lugar aonde ir, mas ainda assim consciente de que preciso ir. Embora o Sol não apareça, embora a água transborde, preciso ir.

Existe alguém que me entenda? Preciso ir, mas para onde? Para a segurança de um lar feliz? Isso existe? Para um lugar de paz e conforto? Onde encontro isso? Para os braços de alguém que me ame mais do que a própria vida? Isso me faria feliz? Iria para a vida agitada daqueles que aproveitam cada segundo da existência em orgias e prazeres? Aqui, dentro de mim, existe apenas um mar de lágrimas. Afinal de contas, viver para quê?

Quando não encontro solução para nenhuma dessas alternativas, quando o vazio continua no coração que já experimentou de tudo, quando me decepcionei com tudo e não mais desejo viver, preciso admitir que Cristo, naquela cruz, é a única coisa que me motiva a prosseguir. Vou em frente a despeito das tempestades de verão, que temporariamente cobrem de nuvens o brilho da minha vida.

Sem o Sol, a natureza morre; sem Cristo, a esperança desaparece. Ele é o Sol da Justiça, o Sol que me aquece!

As multidões vão de um lugar para outro, com pressa de chegar aonde cheguei. Mas tenho certeza de que não chegaria a lugar nenhum se não houvesse reconhecido a Cristo como o caminho único. Eu não sabia que era inútil correr pelos caminhos do mundo, até que o temporal chegou e precisei segurar-Lhe a mão, que sempre esteve lá, estendida para mim. É mediante a graça do Pai que podemos andar de mãos dadas com Jesus durante as tormentas da vida!

Judete Soares de Andrade


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domingo, 16 de maio de 2010


16 de maio

Serviço Não Requer Título

Servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dEle com cântico. Salmo 100:2.

Eu tinha apenas 15 anos e cursava o ensino médio quando se decidiu que eu devia submeter-me a uma cirurgia de ouvido, nariz e garganta. Fiquei assustada, com medo e aterrorizada! E se alguma coisa desse errado? Eu não queria morrer. Enquanto aguardava minha vez de ser levada para a sala de cirurgia, tremia intensa e incontrolavelmente, deitada no leito do hospital. Resolvi fazer uma barganha com o Senhor. “Querido Jesus”, orei, “estou apavorada; não quero morrer. Podes fazer com que a cirurgia dê certo e me acordar? Não me deixes morrer agora. Se fizeres isso por mim, prometo que Te servirei para o resto da vida.”

Algum tempo depois, eu não sabia se estava dormindo, sonhando, acordada, viva ou morta. Não tinha certeza – era uma sensação esquisita. Comecei a procurar respostas ao passar as mãos por todo o meu corpo. Finalmente, encontrei o lugar enfaixado da cirurgia. Então ela fora realizada, e eu estava acordada e viva! Foi uma sensação gloriosa! Imediatamente, me lembrei da promessa feita a Deus algumas horas antes, naquele dia. Virei a cabeça para o lado da janela, como se quisesse olhar para o céu e expressar meu agradecimento a Deus. Em vez disso, vi um navio belissimamente iluminado no oceano, a caminho do cais no porto. Era realmente uma linda cena, e senti paz e felicidade. Eu queria simplesmente comemorar a vida! Minha oração começou: “Querido Deus, muito obrigada porque me acordaste. Agora, sou completamente Tua. Usa-me onde quiseres, para o resto da minha vida. Amém!”

Agora, estou com 45 anos, e Deus tem-me conservado fiel ao meu voto. Não tenho, absolutamente, reclamações a fazer; creio que foi a maior e melhor decisão que já tomei.

A coisa mais nobre que alguém pode fazer com a vida é entregá-la a Deus, na forma de serviço. Na realidade, não importa o tipo de serviço que prestamos, contanto que estejamos a serviço de Deus – isso é tudo o que importa. O serviço para Deus não requer título; requer apenas prontidão.

Um compositor de hinos parece ter captado minha experiência no serviço de Deus quando escreveu, com perfeição, o seguinte cântico: “A serviço do meu Rei meus talentos eu darei; Tenho paz e alegria no serviço do meu Rei.” Que você encontre paz, alegria e felicidade no serviço de Deus, hoje e sempre.

Jacqueline Hope HoShing-Clarke

quarta-feira, 12 de maio de 2010


Coisas Ruins e Pessoas Boas

Compadecei-vos de mim, amigos meus, [...] porque a mão de Deus me atingiu. Jó 19:21.

A cidade toda lamentou a morte do herói tombado. Dan Snyder, de 25 anos de idade, jogava como atacante no time de hóquei Atlanta Thrashers, antes de sua trágica morte num acidente automobilístico. Seu melhor amigo, companheiro de equipe e xará era o motorista da Ferrari naquela noite fatídica. Dan era um jovem de uma cidade menonita não distante de onde moro, e se tornara famoso no hóquei, o esporte favorito no Canadá. Homenagens se sucediam, vindas da família, de amigos, companheiros de equipe, cidadãos da localidade e autoridades do hóquei. Todos testemunhavam quanto à pessoa boa que aquele jovem havia sido. Mas sua vida foi tragicamente abreviada.

Literalmente, centenas de milhares de histórias podem ser contadas sobre pessoas “boas” a quem aconteceram coisas ruins. Para muitos de nós, quando as coisas ruins acontecem, não há cobertura da mídia, não há apoio da população da cidade. Consideramo-nos felizes quando os familiares e amigos estão ao nosso lado. Dependendo das circunstâncias, podemos até sentir-nos abandonados por aqueles de quem esperávamos apoio. A despeito das experiências de vida que deveriam ter-nos ensinado melhor, fazemos uma busca mental, procurando ansiosamente descobrir o pecado oculto e não confessado que tenha resultado nesse castigo. Sabemos, de fato, que as Escrituras não apoiam essa teologia. Se Deus fosse punir-nos pelos pecados que cometemos, nossa existência seria riscada antes de atingirmos a idade adulta. Mas insistimos em nos castigar dessa maneira.

Estou convencida de que, enquanto vivermos neste mundo pecaminoso, coisas ruins ocorrerão, independentemente de nossos atos pessoais. Essa é a natureza do pecado. O maligno nos assalta, especialmente se Satanás acha que há uma chance de desanimar-nos, mas o amor de Deus prevalecerá. Durante os tempos de prova, apeguemo-nos, como Jó, a estas palavras: “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim Se levantará sobre a Terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus” (Jó 19:25, 26).

Querida irmã, tenha certeza de que a pesada cruz que você carrega não é uma punição de Deus. Você está sendo preparada para viver num lugar onde nada ruim voltará a lhe acontecer. Apegue-se a essa promessa!

Avis Mae Rodney
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