Resolveu ir à casa de Maria, mãe de João, cognominado Marcos, onde muitas pessoas estavam congregadas e oravam. (Atos 12:12).
As batidas eram fortes e persistentes, mas também interromperam a reunião de oração, de modo que os membros da igreja procuraram ignorá-las. Por fim, Rode, a criada, foi até a porta. E lá estava Pedro. Quando finalmente lhe permitiram que entrasse, “contou-lhes como o Senhor o tirara da prisão” (Atos 12:17). Uma resposta óbvia à oração, certo? Parece.
Mas, na primeira parte de Atos 12, a Escritura nos diz: “Por aquele tempo, mandou o rei Herodes prender alguns da Igreja para os maltratar, fazendo passar a fio de espada a Tiago, irmão de João. Vendo ser isto agradável aos judeus, prosseguiu, prendendo também a Pedro” (v. 1-3). Tiago morreu, Pedro continuou vivo. Supõe você que a igreja tenha orado quando o rei Herodes prendeu Tiago? Nem posso imaginar que não tenham orado – afinal de contas, ele era o líder da igreja. Mas suas orações não foram atendidas. Tiago foi morto. Foi algum capricho de Deus? Ele amava a Pedro, mas não a Tiago? Os membros não oraram com suficiente fervor ou não usaram as palavras certas? O que estava acontecendo?
Lemos histórias de acontecimentos miraculosos, de pessoas salvas da morte certa. Lemos que Deus promete socorrer-nos. Lemos: “Caiam mil ao teu lado, e dez mil, à tua direita; tu não serás atingido. [...] Porque aos Seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos. [...] Porque a Mim se apegou com amor, Eu o livrarei; po-lo-ei a salvo, porque conhece o Meu nome. Ele Me invocará, e Eu lhe responderei; na sua angústia Eu estarei com ele” (Salmo 91:7-15). Mas fazemos orações que não recebem resposta. Queridos nossos morrem. Acidentes acontecem.
Pessoas sofrem doenças e tragédias. Ficamos desanimadas e deprimidas. O que acontece?
O que acontece é que vivemos num mundo cheio de pecado. Deus responde, sim, às orações, mas nem sempre como achamos que deve – às vezes Ele precisa dizer: “Devido ao pecado, acontecem coisas ruins. Mas estou sempre com você. Algum dia, em breve, retornarei, e nada de ruim acontecerá novamente. Será então que todas as Minhas promessas serão cumpridas.” Não se trata de quanto nós oramos, de quão bons ou maus nós somos, nem de que palavras usamos. Trata-se de que Deus sabe o que é melhor, e ainda está cuidando de nós. Nós oramos e O louvamos pelas vezes em que escapamos do mal; devemos também expressar-Lhe nossa gratidão porque um dia Ele responderá a todas as nossas orações.
(Ardis Dick Stenbakken).
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