Nunca mais se porá o teu sol, nem a tua lua minguará, porque o Senhor será a tua luz perfeita, e os dias do teu luto findarão” (Isaías 60:20).
“Apagou-se o Sol”, declarou um jornal ao noticiar a morte de Rui Barbosa. Apagara-se o gênio fulgurante que, com tanto brilho, havia iluminado aquela geração.
Em certo sentido, o Sol continua se apagando diariamente para muitas pessoas ao redor do mundo. Cada vez que morre um ente querido, tenha ele sido brilhante ou não, o Sol se põe nos horizontes da família enlutada. Seu desaparecimento deixa-lhes na alma um vazio tão grande quanto o amor que lhe devotavam.
Foi o que sentiu dona Sara, mãe de Danilo. O rapaz, seu único filho, perecera afogado, aos dezessete anos de idade, numa trágica tarde de Natal. Dona Sara, despreparada para tal separação prematura, recusou-se a aceitar a realidade. De nada adiantaram as palavras de simpatia e solidariedade dos amigos. Não havia quem a consolasse.
Após o sepultamento, a pobre mãe parrou a viver imaginariamente em companhia do filho querido. Todas as manhãs, bem cedo, ia ao quarto do jovem, debruçava-se sobre a cama em que o filho costumava dormir e exclamava com o mesmo amor maternal de sempre:
– Danilinho, está na hora de levantar. Vamos, senão você vai chegar tarde à escola.
O filho, porém, alheio ao que se passava no mundo dos vivos, não podia responder. Jazia no pó da terra, dormindo o sono da morte. Seus pensamentos haviam perecido com ele e já não tomava parte em coisa alguma do que se faz debaixo do Sol.
As Escrituras ensinam que a morte é um sono (Jo 11:12,14), e que os mortos nada sabem (Ec 9:5,6). Há uma esperança, porém. A Palavra de Deus afirma que, um dia, todos os que estão nos sepulcros ouvirão a voz de Cristo, “e os que tiverem feito o bem, [sairão] para a ressurreição da vida” (Jo 5:28, 29).
O momento de garantir a vitória sobre a morte é agora, enquanto há vida. E essa vitória só poderá ser alcançada mediante Cristo, o Doador da Vida: “Aquele que tem o Filho tem a vida: aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1Jo 5:12).
Ninguém, pois, precisa mergulhar em trevas, ao contemplar a morte. Além das negras nuvens brilha o Sol. E além da escura morte está Jesus, o Sol da justiça, que dentro em pouco chamará os que O amaram para Sua maravilhosa luz. (Blog Amilton Menezes).