segunda-feira, 21 de julho de 2014

"O Troféu!"


Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas. Mateus 6:33

Meu filho de 7 anos de idade entrou vibrando no carro. Após a aula, ele trazia nas mãos um "troféu". Troféu? Para mim, nada mais era do que o convite para uma festa de aniversário.

Mas ele deu uma explicação melhor. Uma de suas coleguinhas teria uma festa de aniversário. Seria um evento especial, numa importante casa de festas infantis. E a aniversariante estava escolhendo quem comemoraria com ela.

Meu filho, então, com sua sutileza de criança, pensou numa forma de estar entre os sortudos escolhidos. Assim, ele disse à colega aniversariante que, se fosse convidado, ele lhe daria uma boneca exclusiva da loja do pai dele. A boneca andava, movia a cabeça e até soprava bolhas de sabão. Era quase um ser vivo. O convite nas mãos deixou muito claro que ele havia obtido bom êxito em seu plano.
Eu não conseguia parar de sorrir. Mas também não deixei de lhe mostrar as implicações desse ato. Falei com ele a respeito de sinceridade, de amizades verdadeiras e desinteressadas. Depois, perguntei-lhe duas coisas: "Filho, você terá condições de cumprir a promessa que fez? E se ela convidou você apenas por interesse no presente, essa amizade vale a pena?"

Ele não havia pensado nessas duas implicações e, depois de refletir, não pareceu mais tão entusiasmado como antes.

Parece que a mesma coisa também acontece conosco. Em nosso relacionamento com Deus, muitas vezes queremos barganhar com Ele. Metemo-nos em certas situações, e fazemos promessas como: "Senhor, se me deres isso, vou fazer aquilo" ou: "Se me concederes tal coisa, serei fiel a Ti." Entretanto, muitas vezes falhamos em exercer nossa plena confiança e em deixar que Ele decida se aquilo que solicitamos é verdadeiramente proveitoso e razoável, ou nos levaria a situações que nos afastariam do Seu caminho.

Como no caso do meu menino, é necessário refletir e, quem sabe, "perder o interesse" por coisas que valorizamos demais e que podem ser uma pedra de tropeço para nós. Como Jesus disse a Seu Pai: "Faça-se a Tua vontade" (Mateus 26:42).

Suely Luppi Novais

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