Vejam como crescem os lírios do campo. [...] Nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Mateus 6:28, 29
“Chuva, chuva, vai embora; pode vir em outra hora!” Tenho certeza de que foi essa a canção que muitas crianças cantaram durante a estação chuvosa de outubro de 2007. Mas a previsão do tempo para a temporada de furacões não mostrava sinais de céu claro e azul. Chovia a cântaros, como se diz. O solo estava tão saturado que os buracos apareciam por toda parte, não só nas ruas principais, como também nas secundárias. Imagine dirigir em ruas nas quais você não vê os buracos porque estão cobertos de água! O risco de danificar a frente do carro era elevado, e preferíamos não assumir o risco; as crianças, porém, tinham que ir à escola, e, acima de tudo, eu precisava ir para o trabalho. Assim, o percurso era inevitável. Naturalmente, tudo isso criava longas demoras no trânsito. Era um pesadelo completo.
A despeito de todos os pontos negativos, não me lembro dessa ocasião por causa deles. Antes, lembro-me por causa de um milagre que ocorreu, provando para mim, uma vez mais, que o Deus a quem servimos cuida não só das coisas grandes, mas das pequenas também.
Na terça-feira, a chuva parecia diminuir, de modo que lavei algumas roupas, pendurando-as no varal para secarem à noite. Havia um claro céu azul, mas veio a quarta-feira e o tempo mudou; nuvens escuras apareceram por toda parte e a chuva começou. Sentindo-me um pouco apreensiva sobre como seria o trajeto com chuva, buracos e trânsito, saí do trabalho antes do horário costumeiro e me dirigi a Portmore para buscar meus filhos. Durante o tempo todo pensei nas roupas, esperando que não estivessem encharcadas.
Ao continuarmos o percurso para casa, tivemos que passar por várias comunidades. Mas, ao nos aproximarmos dessas comunidades, notei que a rua mal estava molhada; na verdade, estava seca. Totalmente perplexa, com o coração em disparada, dirigi tão rapidamente quanto pude, mandei as crianças ficarem quietas dentro do carro e corri com a velocidade do relâmpago para tirar a roupa do varal.
Justamente momentos depois de concluir a tarefa, começou a chuva. Algumas peças ainda estavam um pouco úmidas, mas a maioria estava seca. Vibrei e me regozijei com o pensamento de que Deus cuida das coisas pequenas. Com que, na verdade, precisamos nos preocupar?
Thamer Cassandra Smikle
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